Apelidada de "Fiel do Funk", MC Kátia estourou nas paradas de sucesso no início dos anos 2000. Vinte anos depois, se a nova geração feminina no funk tem abertura para cantar o que quer, é graças, também, ao discurso de empoderamento que Kátia já soltava a voz lá atrás. Agora, aos 45 anos, a cantora volta à cena no estilo brega funk com o relançamento de "Ata Vai me Pegar" e logo viralizou no aplicativo Tik Tok. Na entrevista, a MC fala sobre os anos afastada dos holofotes, carreiras e projetos futuros. Confira!
Como é para você voltar à cena funk?
Eu nunca parei de verdade. Dentro dos meus 16 anos de carreira, eu fiquei longe dos palcos por 3 por causa de um acidente. Mas, em 2014, retornei cantando “Ata, Vai me Pegar” – com produção do meu atual esposo. Parei de fazer shows em clubes e fora do Rio de Janeiro, mas, desde essa época, eu me apresento em comunidades daqui.
Eu nunca parei de verdade. Dentro dos meus 16 anos de carreira, eu fiquei longe dos palcos por 3 por causa de um acidente. Mas, em 2014, retornei cantando “Ata, Vai me Pegar” – com produção do meu atual esposo. Parei de fazer shows em clubes e fora do Rio de Janeiro, mas, desde essa época, eu me apresento em comunidades daqui.
O que mudou desde a época de Furacão 2000 pros dias de hoje?
Aconteceu muita coisa. Antes, eu não tinha estrutura artística na minha vida profissional. Era só eu e o meu esposo, que era também meu produtor e DJ, para fazer shows nas comunidades. Hoje, estou na agência Los Pantchos com todo investimento e carinho que um artista merece.
Como você vê o funk atualmente? Continua sendo um meio complicado para as mulheres?
O funk virou uma indústria. No passado, eu fazia sete shows em um final de semana e voltava para casa com mil reais. O funk só supria as minhas necessidades básicas. Era muito difícil, a gente sofria muito preconceito mesmo. Se você era gorda, se você era magra, onde morava, como se vestia. Tudo isso contava para você estar no palco. Hoje, o funk emprega e pode mudar a vida de muita gente. É muito mais valorizado. E uma menina pode sonhar em seguir uma carreira no funk com muito menos barreiras.
E essa volta já está sendo de sucesso. Sua música bombou no TikTok. Você esperava essa repercussão?
Não mesmo. Foi bem legal ver o público passando por essa quarentena de uma forma leve, usando a minha música “Ata, Vai me pegar” para brincar com o coronavíus. O assunto é sério, mas a arte é um jeito de manter a cabeça no lugar neste período. Tenho recebido muitas mensagens carinhosas nas redes sociais e estou ansiosa para sentir esse calor humano na vida real de novo.
Aconteceu muita coisa. Antes, eu não tinha estrutura artística na minha vida profissional. Era só eu e o meu esposo, que era também meu produtor e DJ, para fazer shows nas comunidades. Hoje, estou na agência Los Pantchos com todo investimento e carinho que um artista merece.
Como você vê o funk atualmente? Continua sendo um meio complicado para as mulheres?
O funk virou uma indústria. No passado, eu fazia sete shows em um final de semana e voltava para casa com mil reais. O funk só supria as minhas necessidades básicas. Era muito difícil, a gente sofria muito preconceito mesmo. Se você era gorda, se você era magra, onde morava, como se vestia. Tudo isso contava para você estar no palco. Hoje, o funk emprega e pode mudar a vida de muita gente. É muito mais valorizado. E uma menina pode sonhar em seguir uma carreira no funk com muito menos barreiras.
E essa volta já está sendo de sucesso. Sua música bombou no TikTok. Você esperava essa repercussão?
Não mesmo. Foi bem legal ver o público passando por essa quarentena de uma forma leve, usando a minha música “Ata, Vai me pegar” para brincar com o coronavíus. O assunto é sério, mas a arte é um jeito de manter a cabeça no lugar neste período. Tenho recebido muitas mensagens carinhosas nas redes sociais e estou ansiosa para sentir esse calor humano na vida real de novo.
Você é uma das pioneiras no funk e fez muito sucesso no passado. Foi mais fácil voltar agora por já ter um nome conhecido no meio?
Não é fácil voltar. Mas o sucesso que a minha música vem fazendo espontaneamente durante a quarentena me fez pensar muito na carreira de cantora. É difícil um empresário e um produtor apostarem em uma pessoa que já tem um nome, que já foi conhecida. Eles preferem lapidar um MC que está começando agora.
E quais sãos os próximos passos?
Eu quero esquecer todas as injustiças que me impediram de realizar os meus sonhos. Quero focar no meu trabalho e realmente alcançar o sucesso. Quero dar um futuro melhor para mim e para a minha família.