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Wanessa faz análise dos 20 anos de carreira: 'Um presente inestimável'

Cantora lançou recentemente o álbum 'Universo Invertido' como parte da comemoração

Wanessa
Wanessa -
Comemorar 20 anos de  carreira não é para qualquer cantor. Como parte da celebração, Wanessa lançou no início do mês o álbum 'Universo Invertido'. Na entrevista, a cantora faz uma análise sobre as duas décadas, fala sobre o conceito do projeto e inspirações na música. Confira!
Você está completando 20 anos de carreira. O que te dá mais orgulho quando você olha pra trás e vê toda a sua trajetória?
Eu tenho muita gratidão. A carreira me proporcionou muita gente incrível na minha vida. Sejam as pessoas que admiram e acompanham o trabalho, os profissionais que acabei conhecendo, que se tornaram amigos e a música. O fato de você poder estar na vida de alguém com a sua música e saber que ela ajudou essa pessoa e virar eterna na vida da pessoa é um presente inestimável.

O que a Wanessa de hoje falaria pra Wanessa que estava começando lá atrás?
Eu falaria se joga, vai fundo, sem medo, com coragem, com calma, um dia após o outro. Coisas que a maturidade fala pra gente em geral.


A indústria musical e a maneira que as pessoas consomem música mudou bastante ao longo desses anos. Pra você, qual foi a maior diferença e o que você faz para se manter sempre atualizada?

As redes sociais tomaram um espaço enorme e as mídias tradicionais continuam, mas dividindo o espaço. O jeito é se informar. saber que as coisas são cíclicas, que mudam, e estar aberta a essas mudanças. Mas pra mim foi difícil entender que a rede social tinha um papel tão importante. Eu tive que abrir a minha cabeça e me adaptar ao momento de streaming. Além de saber colocar a minha vida nas redes sem ser invasiva, , sem me sentir cobrada. É um dia a dia que eu acho que eu ainda estou aprendendo.
Recentemente, você lançou o Universo Invertido. Como você poderia explicar o conceito desse álbum? Por que esse nome?
Eu tinha a necessidade de colocar pra fora algumas músicas e contar essa história. Como o projeto de 20 anos teve que ser alterado por conta da pandemia, as possibilidades de se fazer uma turnê e DVD tiveram que ser adiadas, aí pensei num trabalho novo. No conceito eu quis trazer esse triângulo invertido representando o sagrado feminino. Tudo casou com tudo o que eu quero passar, que é: trazer ideias de consciência, transformação e auto estima. 
Com uma carreira consolidada, você acaba virando referência para novas cantoras. Quem é a sua referência?

É uma honra ser referência pra alguém. É bom que meu caminho possa ser um exemplo, até os erros. Eu tenho muitas referências. Logicamente meu pai, como uma referência no mercado fonográfico. Mas também Madonna, Rita Lee, Elba Ramalho, Elis Regina, Ana Carolina. Todas elas são mulheres que abriram espaços. Eu tenho muita mulher incrível para me inspirar.


A gente percebe forte influência do reggaeton e da música latina na sua carreira, desde antes do reggaeton ser mais conhecido aqui no Brasil. Como começou sua identificação com o gênero? Tem algum artista lá de fora que gostaria de fazer parceria? Quem?
A música latina entrou muito na minha vida quando eu tinha 16 anos e fui morar em Miami e lá a comunidade latina é muito grande. A gente ia pra balada latina dançar salsa, merengue, músicas que tinham essa sonoridade. Começou a virar uma paixão pra mim. Minhas primeiras inspirações foram Selena, Gloria Estefan e Shakira. Seria um sonho fazer uma colaboração.

Essa pandemia acabou afetando todo o mundo. Qual foi a maior reflexão ou experiência que você tirou disso?
A maior experiência que a gente está tendo é perceber o valor do tempo na nossa vida, do que realmente importa. É um momento muito precioso para a gente olhar para o outro e prestar atenção, sem a correria da rotina. Atenção nas dores, nas alegrias, na necessidades e conseguir ajudar. Tenho certeza de que tenho sido uma mãe, filha, irmã, amiga mais consciente.
Dulce María Ari Prensa / Divulgação
Wanessa HYAN PEREIRA
Wanessa HYAN PEREIRA / Divulgação