Mais Lidas

De Niterói, João Gabriel é destaque no mundo sertanejo: 'Quero que minha carreira ganhe o Brasil'

Em entrevista, cantor fala sobre a gravação do DVD em Goiânia, sobre planos e relação com os fãs

João Gabriel
João Gabriel -

Nascido em Niterói, João Gabriel é um forte defensor da música sertaneja. Apaixonado pelo gênero desde pequeno, o cantor foi um dos primeiros no estado a se dedicar ao estilo. No dia 12 de outubro, ele gravou seu segundo DVD, João Gabriel ao Vivo em Goiânia, que contou com a participação de grandes nomes da música nacional. Em entrevista à coluna, o cantor fala sobre a gravação do DVD, inspiração para as músicas, relacionamento com os fãs e como é conciliar a vida profissional com a família. Confira!

Você, recentemente, gravou um DVD em Goiânia. Conta como foi a experiência.

Eu já tenho nove discos e dois DVDs e, mesmo assim, ainda bate a ansiedade, o nervosismo, a preocupação por fazer o melhor. Mas independentemente desses sentimentos, é um momento de diversão, que eu curto demais fazer. É para momentos como esses que eu trabalho.

Por que Goiânia?

Há dois anos, eu tenho ido a Goiânia para fazer laboratório. Já tinha feito também shows em algumas casas lá. É um sonho fazer um DVD na terra da música sertaneja. Eu me sinto muito à vontade lá. Inicialmente, o show seria no Rio, mas, duas semanas antes dele acontecer, eu e minha equipe sentimos que deveria ser lá por causa da minha história com o local.

O DVD contou com a presença de convidados de peso, como Naiara Azevedo, Lucas Lucco, Flay, entre outros. Como foi a escolha desses convidados?

Eu sempre busco trabalhar com pessoas que admiro e, mais que isso, que são meus amigos. No meu último DVD, eu tive a presença do Dilsinho, do MC Maneirinho, João Bosco e Vinícius, que, assim como os meus convidados desse novo trabalho, são pessoas que admiro demais. Nunca foi arranjado por gravadora, sempre foi algo muito natural. E eu prezo muito por isso: por ter do meu lado pessoas de energia, na mesma sintonia que eu.

Você é de Niterói, um lugar que não tinha como característica a música sertaneja. Por que decidiu cantar esse gênero musical?

Eu amo a música sertaneja. Aos 10 anos, eu assinei com uma gravadora e já comecei cantando sertanejo. Sempre acreditei no diferente, sou muito cria do mato e apostei nisso. Aos 18, voltei de uma viagem decidido a fazer uma noite sertaneja no Estado do Rio. Achei um local que hospedava cavalos e ali a nossa quarta-feira aconteceu. Antes disso, eu oferecia meus shows de graça em bares e ninguém aceitava. Então, eu tive que abrir a porta por mim mesmo. Depois que chegou o movimento do sertanejo universitário, as pessoas viram que tinha público aqui pro gênero. Com isso, meu nome foi ficando conhecido e eu estreei todas as noites sertanejas em grandes baladas do Rio. Sou muito satisfeito, mas quero que a carreira ganhe o Brasil.

Algumas das suas músicas são sobre a vida de solteiro e você é casado há sete anos. De onde vem a inspiração para cantar sobre algo que não é mais a sua realidade?

Me inspiro em tudo. Por mais que eu seja casado, ainda tenho as lembranças da vida de solteiro. Fora que, por viver na balada, no ambiente onde as pessoas querem curtir, tomar uma, olhar a mulherada, eu acabo me inspirando nisso, no que vejo.

Galeria de Fotos

João Gabriel Divulgação
João Gabriel Divulgação
João Gabriel Divulgação
João Gabriel Divulgação
João Gabriel Divulgação

Sua mulher não fica com ciúme nem das fãs mais atiradas?

Algumas fãs confundem um pouco as coisas, mas faz parte do jogo. Existe o lado profissional, artista, que, quando eu estou no palco, eu tenho que provocar emoções, sensações. Isso é muito entendido por parte da minha esposa. Quando ela vê algo que não gosta, ela se afasta. Faz parte da reação. Quando eu subo no palco, eu sou dos meus fãs. Eu não tenho patrão, tenho milhares de patrões e quanto mais melhor. Eles que me guiam.

Você também tem dois filhos. Como é conciliar a carreira de cantor com a criação dos pequenos?

Minha companheira me ajuda muito fortemente. Ela é minha amiga há 15 anos. Entende e, sempre que possível, ela vai encontrar comigo onde eu estou. A energia da minha família é o que me impulsiona. Com eles, não se torna uma complicação conciliar tudo. Quem almeja coisas grandes tem grandes desafios a cumprir.

Como está sendo a quarentena? Teve que adiar muitos planos?

A pandemia tem sido um momento difícil para todos, mas eu tento me apegar nas coisas boas, de aprendizado. Eu nunca tive tanto tempo para me dedicar tanto a um trabalho como foi com esse DVD, por exemplo. Tive tempo para selecionar o repertório, para compor, para fazer o projeto com a minha cara. Fui muito minucioso.