"Além disso, teve a violência verbal de dizer: 'Você é mulherzinha, a cidade vai saber se você falar sobre isso, se você contar que fui eu, eu vou te espancar'. Então, o que mais ficou em mim foi o medo. Eu não falei pra ninguém por muito tempo pelo medo", continuou ele.
O artista, que é homossexual e ativista pelos direitos LGBTQIA+, também desabafou sobre a pressão de se encaixar em um estereótipo de masculinidade.
"Durante a minha infância, eu tive uma questão muito séria: eu nunca entendi sobre o que era ser homem. Na minha cidade, que era bem pequena, tinha uma mentalidade muito difícil, um coronelismo, um machismo muito forte ali naquela", explicou.
"Tudo que diziam, 'você tem que ser homem', 'você tem que se comportar como homem', 'você tem que se vestir como homem, falar como homem', sempre bateu em mim de uma maneira muito estranha", finalizou.


