João Côrtes comemora estreia de nova série histórica da HBO Max

Aos 26 anos, João Côrtes não tem medo de se lançar em novos desafios. Conhecido desde os tempos em que era garoto-propaganda de uma operadora de telefonia, o ator retornou à televisão neste domingo (26) com a estreia de "O Hóspede Americano", nova série histórica da HBO Max. O artista conta tudo sobre os bastidores da produção e ainda revela seus próximos passos na carreira como cineasta e cantor.

Qual foi o maior desafio de gravar 'O Hóspede Americano'?

Filmar essa série foi uma das experiências profissionais (e de vida) mais intensas que já vivi. Foram 50 dias filmando na Amazônia, com todos os obstáculos imagináveis: o clima, a distância entre cada locação, a língua inglesa, os milhares de bichos e insetos perigosos, uma equipe gigante, e ainda por cima, uma história de época (1914). Mas eu me diverti muito. Me permiti mergulhar naquele universo, viver aquela história incrível. Criei laços e amizades que levo até hoje. Troquei e aprendi muito com cada profissional. Foi extremamente desafiador para todos, mas isso nos fortaleceu e nos uniu. Cada um ali deu o sangue (quase literalmente) para entregar o melhor de si, e isso vai ser refletido na tela, não tenho dúvidas.

Além disso, como foi trabalhar com um elenco que inclui atores de diferentes países?

Foi a primeira experiência oficial que tive trabalhando com atores de outros países, e foi um 'presentaço'! Conversei muito com cada um deles, nos conectamos demais. É muito interessante observar a maneira como eles encaram o ofício, como se relacionam com os outros membros da equipe e como se comportam no set de filmagem. Para mim, como ator, foi uma troca riquíssima.

É certo que você ganhou o público brasileiro com seus comerciais bem-humorados e participações em filmes de comédia. Qual é a reação que você espera do público quando assume papéis mais sério como nessa série?

Eu espero que o público possa me enxergar como um ator multifacetado, que é o que busco ser. Eu busco sempre essa versatilidade como artista, que é a habilidade que mais admiro em outros. De poder me metamorfosear, me transformar a cada trabalho, a cada personagem. Espero que eles possam me assistir em lugares diferentes, gêneros diferentes, histórias diferentes, mas que os efeitos e sensações sejam igualmente potentes e eficazes.

E você também tem ganhado reconhecimento pelo que sabe fazer por trás das câmeras. O que te inspirou a assumir o papel de diretor em 'Nas mãos de quem me leva'?

Eu sempre tive essa curiosidade de me arriscar nesse papel. Algo dentro de mim sempre pulsou pra dirigir, pra contar minhas histórias... E quando eu terminei de escrever meu primeiro roteiro de longa-metragem, eu sabia que queria muito dirigir aquele filme. Eu tinha cada cena, cada diálogo, cada plano na cabeça, como deveria ser, como eu imaginava. Foi um processo natural. E tive um prazer imenso em assumir essa posição! Foi um desafio em muitos sentidos, mas extremamente gratificante.

E quais são os projetos para o futuro?

Vou começar a filmar uma série em breve, mas ainda não posso revelar nada por enquanto. Quero seguir investindo na música, tenho planos de gravar alguns clipes ainda esse ano e, possivelmente, lançá-los ainda em 2021. Estou escrevendo meu segundo longa-metragem, um filme de temática LGBTQIAP+, e que em breve poderei dar mais detalhes.

*Estágiário sob supervisão de Tábata Uchoa