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'Sei o quanto batalhei para chegar aqui', diz Pabllo Vittar ao celebrar cinco anos de carreira

Drag queen comemora aniversário com 'I Am Pabllo', projeto audiovisual audacioso; em entrevista, ainda fala sobre inspirações e turnê internacional para 2022

Pabllo Vittar
Pabllo Vittar -
Quem é Pabllo Vittar? Com apenas cinco anos de carreira, ela se tornou uma das maiores cantoras do país e uma das principais drag queens do mundo, misturando pop, brega e funk. Na semana passada, a artista lançou “I Am Pabllo”, projeto audiovisual audacioso que tem palcos inspirados nos quatro elementos e conta com 20 bailarinos, além de ter sido transmissão ao vivo pela TNT e estar disponível no YouTube. Em entrevista, a artista fala sobre o aniversário de cinco anos de carreira, o novo projeto, inspirações pessoais e turnê internacional para 2022, que deve percorrer Estados Unidos, Europa e Ásia.
Como surgiu a ideia de lançar o projeto?
Completar cinco anos de carreira não é todo dia, sabe? É igual fazer 15 anos. Eu quis registrar mesmo. Ano passado, eu assisti o “The Show” do (grupo de k-pop) Blackpink e me deu um estalo. Eu tinha que fazer um bafo que juntasse os meus quatro álbuns e fosse um mega show: balé, estrutura de palco, banda ao vivo, arranjos novos. O arranjo de “Buzina” mudou, de “Flash Pose” também. Está muito fod*.
Como foram pensados os quatro elementos do palco?
De forma literal, cantei na água e me molhei. O palco da água é um dos meus favoritos. O DVD começa com ele. No palco terra, nós decidimos nos transportar para o deserto. Tem rocha no chão de areia, tem o chão quente, os bailarinos dançando suados. Tem o fogo, que é bem quente mesmo, é babado. E o palco ar é tudo, onde me rasgo ao dançar. Os palcos se amarram de uma forma linda e a gente decidiu fazer um repertório no qual as músicas combinassem.

São cinco anos de carreira e quatro álbuns. Como foi a escolha do setlist? Qual música você queria, mas ficou de fora?
Eu queria muito ter colocado “Ponte Perra”, mas ficou de fora. Coloquei outras em espanhol. É um álbum bilíngue. A última vez que cantei essa música foi no Carnaval e depois nunca mais. Mas o setlist está da porr*.
Você conseguiria fazer um top 3 dos momentos mais importantes de sua carreira?
Todos são importantes. Mas eu sempre falo isso: ter lançado meu primeiro álbum foi o pontapé, lembro de entrar no Spotify e ver “Pabllo Vittar álbum”. Eu não me aguentava, até hoje me arrepio, nunca vou esquecer dessa energia. Ter ganhado o EMA e ter performado (na Espanha) foi muito incrível, fui a primeira drag a ter ido lá. Foi do caralh* a bicha aqui tomando drinque com Becky G (risos). E o terceiro momento é agora com “I Am Pabllo”, é o the most (“o máximo”, em tradução do inglês) da minha carreira.
Sua carreira teve uma ascensão muito rápida e cheia de hits. Você avalia que hoje está no ápice ou ainda há degrau que almeja subir?
Tem muitos degraus que eu quero subir. Estou no ápice da beleza (risos), mas ainda quero fazer muita coisa na carreira: conhecer muita coisa, cantar outros estilos, quero me aventurar com outros artistas, quero fazer projetos visuais cada vez mais incríveis. Tenho muita coisa para fazer.
Quais foram suas maiores inspirações para chegar até aqui?
Quanto as referências musicais, sempre olhei para dentro de mim, da minha casa, da minha cidade, sempre fui fascinada por isso, mas trazendo novidades. Referência pessoal, a minha mãe. Ela está sempre comigo, me apoia, me dá conselhos até hoje, além das pessoas que trabalham comigo. Cresço muito com elas porque não sou perfeita, longe disso. Também erro como todo mundo erra e gosto de deixar claro que a gente aprende todos os dias. É isso que me deixa feliz.
Nesses cinco anos, você faria algo diferente?
Continuaria fazendo o que eu faço: não dar ouvidos pra outras pessoas. Eu sei o que quero, sei o quanto batalhei para chegar aqui… Quando eu era criança, sofria muito por conta disso, ser afeminado e fui aprendendo.
O novo projeto audiovisual também é voltado para o mercado internacional?
É como um catalogo porque ano que vem vou viajar pelo mundo inteiro, praticamente, desde a Coreia até Paris… Penso como um portfólio tanto pro Brasil como pra fora.
O nome do projeto é “I Am Pabllo”, mas quem é a Pabllo?
Não sei também. Todo dia eu penso diferente, reflito sobre o sentido de estar fazendo tudo isso aqui, não é verdade? Tem algum sentindo? Mas “I Am Pabllo” representa essa pessoa que só quer ter o prazer de estar no palco performando e cantando, além de estar perto dos seus fãs. Estou com fogo no olhar, com vontade de fazer. Foram três dias de gravação, de madrugada, tirei energia da felicidade de estar fazendo. “I Am Pabllo” é essa vontade de querer fazer sempre mais.
Pabllo Vittar Ernna Cost
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