Quase todo mundo tem uma história de amor não correspondida para contar, principalmente no período da adolescência, verdade? Essa foi a inspiração do cantor PK, conhecido por caminhar entre o rap e o funk, em seu novo lançamento. Na semana passada, o carioca, que nasceu na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, divulgou a faixa "Época de Escola", com participação de Kevin O Cris e produção de Portugal No Beat. Em entrevista ao Meia Hora, o artista fala sobre o novo trabalho, revela estar apaixonado e comenta planos para 2022.
“Época de Escola” traz alguma desilusão que você viveu?
Essa letra não vem de uma história específica, mas é algo que eu me inspirei e quis brincar. A vida dá muitas voltas e, de fato, hoje, com o sucesso, algumas pessoas me tratam de forma diferente.
Atualmente está apaixonado?
Estou apaixonado, namorando (risos).
O videoclipe traz atores interpretando você e Kevin O Chris na adolescência. Que mensagem quer passar?
O clipe foi dirigido pelo Yuri Jesus, um nome muito promissor do audiovisual que confio muito. A ideia era reproduzir o ambiente escolar e, ao mesmo tempo, passar a história da música. Os atores mirins Davi Zanelly e Pedro Henrique mandaram muito bem e tenho certeza que o público vai gostar dessa brincadeira. Uma mensagem? Nunca subestime ninguém.
E falando em adolescência: que lembranças você tem dessa época? Já pensava em se dedicar à música?
Na escola, eu fazia baile no meio da sala de aula, ficava cantando e rimando (risos). Mas também sabia desde cedo que a música era minha paixão. Me esforcei muito para ter sucesso com as batalhas de rima e ainda mais para consolidar uma carreira. Lembro de passar muito perrengue, mas, hoje, olho pra trás e vejo como tudo valeu a pena.
A faixa marca reaproximação com o funk, um estilo musical que toca muito no Rio. Quais são suas referências no gênero?
A verdade é que eu nunca me afastei do funk porque sempre trago propriedades dele independente do gênero que estou lançando. Pô, tenho muitas referências da antiga, desde Cidinho e Doca, MC Marcinho, Sapão, Catra e muitos outros, até a rapaziada nova. O próprio Kevin O Chris é um cara que ajudou a revolucionar o funk e é um prazer enorme estar lançando mais uma música com ele.
Como surgiu essa parceria?
Já é a nossa segunda parceria, né? Temos a música “Sacanagenzinha”, que soma mais de 30 milhões de reproduções em áudio e vídeo nas plataformas de streaming e que não deixo faltar nos meus shows. Em "Época da Escola", eu estava procurando um parceiro para deixar a música bem dançante e logo pensei no Kevin. Ele topou na hora, me mandou a parte dele e montamos essa música com o talentoso produtor e grande amigo Portugal No Beat.
Estamos no início de 2022, um momento de muitas expectativas em relação à pandemia, ao retorno das atividades… Quais são as suas expectativas para o novo ano?
Muita felicidade em poder voltar aos palcos, fazer o que amo, sentir a energia do público. Sentir o carinho do pessoal que me acompanha, é realmente incrível. E esse ano não vão faltar lançamentos. Podendo trabalhar agora de maneira mais flexível, quero entregar vários projetos lindos.
O ano, inclusive, começou com um susto. Recentemente, você relatou um vazamento de gás no ônibus de sua equipe e preocupou fãs. O que aconteceu?
Um livramento de Deus! Minha equipe estava viajando com quatro cilindros de CO2 para usar nos shows. Na volta para casa, um dos cilindros começou a vazar, deixando meu quarto no ônibus empesteado, mas, ainda sim, consegui alertar a equipe. Graças a Deus, deu tudo certo.
Vamos finalizar falando do futuro… Depois de se consolidar no cenário musical do Rio, quais são seus sonhos?
Graças a Deus, já realizei vários sonhos, sou muito grato. Já fizemos alguns dos maiores festivais de música como o Rock In Rio, faremos o Lollapalooza, temos tour internacional agendada para os Estados Unidos e Europa, e vamos trabalhar o máximo que conseguir sempre. Sinto que estou vivendo meu sonho de criança e vou fazer o impossível para continuar colhendo os frutos do meu trabalho.