Leo Santana lança álbum e comemora nova música com Ludmilla

Rio - O cantor Leo Santana lançou este mês seu mais novo álbum, "GG Astral", que conta com 10 músicas que prometem agitar todo mundo neste verão. Entre elas está "Toma", canção que Ludmilla compôs e deu de presente ao amigo. Em entrevista ao Meia Hora, o artista fala sobre o projeto, que é seu primeiro lançamento após o nascimento da filha, Liz, fruto do casamento com Lore Improta. Ele também conta que sonha em fazer uma parceria com Iza e lamenta o cancelamento dos eventos culturais por conta da pandemia de covid-19.

Por que o álbum se chama 'GG Astral'? A escolha do nome reflete o atual momento da sua vida pessoal e profissional?

Também. O 'GG Astral' envolve, obviamente, o astral de alegria, de diversão. Sou um cara extrovertido, alegre, pra cima. Quem acompanha meu show sabe o que eu estou falando. E engloba também astral de astrologia. É sobre cada um se entender com seu momento, com seu ritmo. Englobamos tudo isso. 

Se você tivesse que escolher um hit do verão entre os lançamentos do álbum, qual seria?

A música que eu vejo cara de Carnaval, especificamente em Salvador... Eu colocaria uma música de massa. Existe música de show e de streaming, né. Mas eu acho que é ‘Toma’, com Ludmilla, é muito viral. Ela pode dar um caldo incrível pra gente fazer uma sopa maravilhosa nesse verão.

Por falar em Ludmilla, você está lançando mais uma música com ela. Como surgiu essa parceria?

A Lud e eu viramos amigos, literalmente, bem antes do projeto ‘Invocada’. E eu não queria gravar essa música ('Invocada'), mas disse ‘vamos nessa, se você está dizendo’... E deu no que deu. Mas bem antes disso, nossa relação sempre foi fortalecendo. A gente se fala sempre com carinho pra saber como nossos familiares estão. Já fiz show no aniversário dela. É algo que é além dos palcos, do profissional. 

O álbum tem muita brasilidade. Como foram escolhidas as canções? Todas as composições são suas?

‘Toma’ a Ludmilla me deu de presente. E ainda me deu 10% (risos). Mas na verdade eu brinquei pedindo a ela. Falei: 'Você não deixa nem uma brechinha pra eu colocar aí? Já me mandou tudo pronto, arranjo, letra. Aí ela: "Não, GG. Essa eu te dou". Mas é uma composição dela, 100%. Ganhei esse presente, literalmente. Todos os meus trabalhos tem compositores de todos os lugares, amigos que já fizeram parte de projetos meus antigos. Demos voz a compositores iniciantes também. Tem composição minha... A gente reúne em uma casa diversos compositores e põe eles só pra fazer o projeto do Leo Santana. E saíram essas canções, que só agora vocês vão poder conferir.

Todo início de ano as pessoas esperam um hit do Carnaval. Existe uma pressão em cima de você? Como você lida com isso?

Essa pressão existe o ano inteiro. Nós nos pressionamos. A equipe o tempo todo dizendo ‘cara, nós temos que acertar música’. Independente de as pessoas criarem expectativas... Eu sou um cara, em termos de trabalho, 100% envolvido em tudo da minha carreira musical. Eu quero sempre o melhor. Claro que a gente não vai acertar o tempo todo. Esse trabalho é meio frustrante, não sei se é essa a palavra, mas você se doa em todos os trabalhos e sempre tem uma música que você pensa ‘Ah, o povo não gostou disso. eu me dediquei tanto’. Essa pressão vem da gente desde sempre. Eu sofria muita pressão de fãs no início, há uns cinco anos. Mas hoje eu tenho a maturidade, a liberdade de apostar naquilo que acredito. Essa pressão a gente já não come mais.

Este é o seu primeiro álbum após se tornar pai. Como a paternidade impactou o seu trabalho e como você está se saindo como pai de primeira viagem?

Eu estou babão demais, com saudade o tempo todo. Vira e mexe estou ligando para ver se dá pra matar um pouco a saudade da Liz. A responsa aumentou muito pra mim. Eu sempre fui um cara muito responsável, modéstia a parte falando… E agora triplicou. Tenho muito mais cuidado em tudo, medo. É a responsa mesmo de saber que tem uma pessoa dependendo exclusivamente de mim, da minha esposa. Então, você fica pensando um milhão de vezes no que vai fazer. Está sendo incrível. (Ser pai) era um sonho antigo meu, mesmo antes de conhecer a minha esposa, de casar com ela. Veio em um momento especial. Em meio a tantas turbulências acontecem bençãos também. Eu casei na pandemia, tive filho na pandemia. Eu só tenho que dar Glória a Deus e agradecer.

Como você vê a paralisação do setor cultural por conta da pandemia de covid-19?

As pessoas veem o entretenimento como uma diversão, uma brincadeira. Óbvio que é uma diversão, uma alegria. Mas é uma profissão. Eu não sei fazer outra coisa a não ser estar no palco cantando, levando alegria pras pessoas. O cara que está montando o palco não sabe fazer outra coisa a não ser isso. Engloba toda uma cadeia de pessoas. É algo sério. Foram 720 dias, eu acho, 20 meses sem trabalhar… Imaginem a dificuldade pro setor de eventos. As pessoas acham que é só o artista, o empresário, mas não. É uma máquina.

Com quais artistas você gostaria de fazer parceria em próximos projetos?

A Iza. Estou tentando gravar com a Iza tem um tempo. Queria ela no meu DVD. Mas Deus sabe o que faz. Está rolando uma falta de comunicação, mas uma hora vai bater, a energia vai rolar. A Ivetinha já faz parte da minha playlist. Graças a Deus, eu tive a honra de gravar com a Marília Mendonça.