De Realengo para o palco do Rock in Rio

Rio - Lennon Frasseti, de 27 anos, mais conhecido como L7NNON, é um dos nomes que vem se destacando na cena do rap nacional. Nascido em Realengo, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, ele tem mostrado que veio para ficar. Em entrevista ao Meia Hora, o rapper fala sobre a paixão pelo Skate, referências que o inspiram como artista e planos para o futuro. O carioca comenta, ainda, sobre um episódio traumático de sequestro que sofreu e que conseguiu transformar em arte. O cantor também comemora sua primeira vez no no Rock in Rio, este ano, no palco sunset. 

Foi algo natural porque a cultura do skate anda junto com a cultura do Hip Hop, tá ligado? Eu gostava já de vários artistas do rap, de fazer improviso e escrever algumas letras. Daí alguns amigos me incentivaram a gravar um som e com a ajuda deles fizemos meu primeiro clipe. Eu não esperava que a música ia se sair tão bem e a partir de então nunca mais parei. 

A mesma. Sigo apaixonado pelo skate e sou muito grato por toda vivência que ele me proporcionou. O skate me rendeu amizades que tenho até hoje e permitiu que eu viajasse o mundo fazendo o que amo. Toda vez que tenho oportunidade gosto de dar uma volta e faço o possível para conseguir.

Ah, vão desde o Don L e Racionais, que ouço desde de menor, até a rapaziada da nova geração, como BK. E artistas de diferentes gêneros também. Outros dois ídolos que tive a oportunidade de gravar foram o Black Alien e MV Bill. 

Mas além disso, eu procuro referências de outros lugares. Ainda há pouco fiz música com Sorriso Maroto, um dos maiores grupos de pagode e que sou fã, ao mesmo tempo que estou sempre no estúdio com o Papato ouvindo a galera que está chegando. Tem muita gente boa por aí!

Então, o 7 aparece em várias datas de nascimento na minha família e de pessoas importantes ao meu redor. Como meu sobrenome é "Frassetti" e se pronuncia de forma parecida com o número, além de ser uma forma de me diferenciar dos outros, optei pelo nome artístico de L7NNON.

Olha, a música é como terapia pra mim. Tudo que eu passo, coisas boas e ruins, me servem de inspiração e eu transfiro pro papel. Com o sequestro não foi diferente. Eu precisava botar aquilo pra fora e então surgiu o verso de "Cai Babylon". Mais pra frente ainda vou soltar uma música só sobre esse episódio.

Acredito que dar um conforto maior pra minha família e crescer profissionalmente com as pessoas que eu amo. 

Ah, é bom saber que tem tanta gente que me quer bem e se inspira na minha carreira. O carinho do público é bom demais. De negativo são poucas coisas, confesso que tenho sorte. O que me deixa chateado é quando inventam coisas da minha vida sem saberem a verdade.

Minha família é minha base, não sou nada sem eles. Não tem muito o que dizer (risos), sou muito apegado a todos eles.

A maior e melhor possível! Eu e o Papato estamos preparando um show especial e estamos muito felizes de estar no mesmo palco que o Criolo, uma referência da música brasileira, o Xamã, meu parceiro, e Racionais então nem se fala, né?!

Pra essa música eu quis passar uma mensagem de esperança. Eu sei que muitas vezes as dificuldades são muitas, mas tem que acreditar e batalhar pra conseguir conquistar os seus sonhos. Em "Outro Lugar" eu dou o meu exemplo para que vários consigam ser vitoriosos também.

Continuar levando meu som pra todo Brasil e inspirar a molecada a seguir seus sonhos. Ainda tenho muita música pra fazer, novas parcerias e lugares pra conhecer.