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'Não me acho uma pessoa engraçada', diz Cacau Protásio

Fenômeno do humor, atriz conquistou o público com suas personagens marcantes. Ao Meia Hora, a comediante fala sobre a carreira e vida pessoal; Confira a entrevista

Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy -
Cacau Protásio, de 47 anos, tem o dom de fazer rir! A atriz é coleciona personagens divertidos e de sucesso na televisão, como Zezé de 'Avenida Brasil' (2012), da TV Globo, Terezinha do 'Vai Que Cola' (2013-2022) e Shirley de 'Família Paraíso' (2022), ambas do Multishow. Ela também já arrancou boas gargalhadas do público nos cinemas, em comédias como 'Vai que cola - O Filme' (2015), 'Os Farofeiros' (2018), 'A Sogra Perfeita' (2020), 'Juntos e Enrolados' (2022), entre outras. No teatro, a artista roubou a cena em 'Trair e Coçar e Só Começar'. Em entrevista ao Meia Hora, a atriz fala sobre seu sucesso, relembra a morte do amigo Paulo Gustavo (aos 42 anos, vítima de Covid-19, em maio do ano passado), revela o segredo do casamento de uma década com o fotógrafo Janderson Pires, admite ser uma grande admiradora do Carnaval Carioca e vibra com sua estreia nos palcos no stand-up '100% Cacau', no Teatro Miguel Falabella, na Zona Norte do Rio. Confira!

- Você é um fenômeno na televisão, teatro, cinema... Como reage a todo esse sucesso?
Fico muito feliz com o carinho que eu recebo das pessoas. Minhas personagens cativam o público, eles se identificam com algumas delas, se divertem. Não tem como não se sentir grata por isso.
- E como concilia tantos trabalhos ao mesmo tempo?
Olha, eu nem paro pra pensar nisso (risos). Só vou fazendo. Enquanto eu tiver disposição, vou trabalhar. Até hoje nunca confundi fala de uma personagem com a da outra, e, se Deus quiser, não vou confundir.
- Você está no ar como a Shirley, de 'Família Paraíso', no Multishow. A emissora também exibe temporadas passadas do 'Vai que Cola', em que você atua como Terezinha. São duas personagens bem distintas no ar ao mesmo tempo.
Nossa, eu estou apaixonada pela Shirley. Ela é fofa, carinhosa. Tem um lado infantil, outro mulherão, ela é uma cuidadora de mão cheia. O retorno em relação a essa personagem tem sido maravilhoso. A Terezinha é aquele furacão (risos). É uma personagem muito rica também, com muitas características marcantes. É muito bacana estar no ar com duas personagens tão diferentes. É uma forma das pessoas poderem ver meu trabalho, como a gente se transforma para dar vida ao personagem.
- Por falar em 'Vai que Cola', você assiste a série mesmo após a morte do Paulo Gustavo, que faleceu de Covid-19.
Eu não vejo o Vai que Cola que ele está. Ainda é muito difícil de acreditar que ele se foi. A gente aceita, mas não acredita. O Paulo era uma pessoa muito intensa, um grande amigo, muito verdadeiro. A saudade que eu sinto dele é muito grande. Sou uma pessoa de muita fé e ela me conforta, sei que o Paulo voltou para os braços do Pai. Mas ele faz muita falta aqui.
- Você vai gravar a 10ª temporada do 'Vai Que Cola' no mês que vem. Pode adiantar algo pra gente?
Não sei muita coisa ainda. Só sei que a gente vai gravar como se estivesse no Catar.
- Quem é a Cacau longe dos holofotes, no dia a dia?
É uma pessoa feliz, tranquila, caridosa e que quer abraçar o mundo. Eu não gosto de confusão.
- Você e o Jaderson Pires estão casados há dez anos. Qual o segredo para um relacionamento tão duradouro?
É amor, sabedoria e paciência. Casamento é você escolher estar junto.
- Você é apaixonada pelo Carnaval desde sempre, Cacau?
Desde criança amo Carnaval. Minha mãe sempre me levou. Ela levava a gente escondido, dizia pro meu pai que íamos pra casa da minha tia, que morava perto. A gente ia pra minha, tia, trocava de roupa e ia pra Sapucaí desfilar... (risos). E o melhor, é que todo mundo via a gente na televisão, eu sempre aparecia desfilando. Não sei como meu pai não desconfiava. Depois, a gente voltava pra casa da minha tia, mudava a roupa de novo e ia pra casa. Eu amo muito o Carnaval. É uma festa popular, democrática, em que a gente brinca, se diverte. É uma delícia. E esse foi diferente estar na Avenida depois de dois anos, ainda mais interpretando Nossa Senhora Aparecida, que eu sou devota. Eu vi Nossa Senhora Aparecida na comissão de frente da União da Ilha. Me senti tão grata.
- Você está estrando um 'stand up comedy', como foi a estreia Cacau? Ficou muito nervosa?
Nossa mãe. Se eu tivesse um portão, eu corria e ia embora (risos). Mas deu tudo certo. O público super amou. As pessoas riam do início ao fim. Eu tinha medo por causa da expectativa das pessoas. Pensava: 'se as pessoas não gostarem?'. Não me acho uma pessoa engraçada, as pessoas que falam isso. Sei que muita gente gosta do meu trabalho, mas mesmo assim dá um medinho. Ainda mais que essa é a primeira vez que eu faço um stand-up no palco. Sou eu contando minha história...
- No espetáculo, você relembra sua infância no subúrbio. Cita o lugar onde cresceu, brinca com o fato de sempre sobrar nas rodinhas de festas, de ser encalhada... Qual foi o critério para escolher as histórias que você conta no stand-up.
Comecei a fazer teste com os amigos. Saia com um, contava um história, se a pessoa ria, eu colocava essa. O público sai da minha peça rindo muito, mas ela também traz reflexões e tem momentos emocionantes.
- Você mantém suas raízes, né? Parece ser uma pessoa muito simples ainda.
Isso é importante. A gente não pode esquecer da onde veio, por mais que conquiste coisas ao longo do caminho. O poder, a fama não pode subir a cabeça.
- É verdade que seu maior incentivador para fazer o stand-up foi o Maurício Manfrini, o Paulinho Gogó? Vocês são amigos há muito tempo?
Ficamos amigos no 'Farofeiros', quando contracenamos juntos. O Maurício foi um grande incentivador, sim. Disse pra eu fazer stand-up, pra eu ir testando as histórias com os amigos, que se eu sentisse que ela não agradava pra eu trocar... No dia da minha estreia, ele me ligou antes de eu subir ao palco e me deu muitos conselhos, me desejou boa sorte. Quando terminou o espetáculo, ele me ligou de novo. É um amigo muito querido.
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy Janderson Pires
Cacau Protásio como a personagem Zezé, em 'Avenida Brasil' Reprodução da TV Globo
Em cena como a hilariante Terezinha, do programa 'Vai que Cola', do Multishow Reprodução do Instagram
Cacau Protásio como Terezinha, do 'Vai que Cola' Reprodução do Instagram
Cacau Protásio e o marido, Janderson Soares Reprodução do Instagram
Leleco (Leandro Hassum) e Shirley (Cacau Protásio), em 'Família Paraíso' Divulgação/ TV Globo
A atriz e o amigo Paulo Gustavo: 'É difícil de acreditar que ele se foi', lamenta Cacau Reprodução do Instagram
Cacau Protásio sobre o amigo Paulo Gustavo: 'É difícil de acreditar que ele se foi' Reprodução do Instagram
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy Janderson Pires
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy Janderson Pires
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy Janderson Pires
Cacau Protásio comemora o sucesso de seu standp-uo comedy Janderson Pires
Cacau Protásio em 'Uma Sogra Perfeita' fotos Divulgação
Cacau Protásio em 'Uma Sogra Perfeita' Divulgação
Cacau Protásio e Rafael Portugal Divulgação
Cacau Protásio desfilou como Nossa Senhora Aparecida pela União da Ilha Dilson Silva / Ag. News
Cacau Protásio desfilou como Nossa Senhora Aparecida pela União da Ilha Dilson Silva / Ag. News