Após sucesso de 'MAMA.CITA', Luísa Sonza revela seus planos para 2023: 'Quero fazer álbum'

Cantora afirma estar em uma fase mais melancólica, mas garante que isso não vai se refletir em canções tristes, apenas na forma de apresentar os projetos

Luísa Sonza no clipe MAMA.CITA
Luísa Sonza no clipe MAMA.CITA -
Rio - A cantora Luísa Sonza, de 24 anos, quebrou barreiras em 2022 com sucessos como "Sentadona" (Remix) e "Cachorrinhas". A gaúcha se tornou a cantora pop mais ouvida do país, alcançou o topo da playlist do Spotify Brasil, e após a última aposta do ano, se prepara para 2023 com projetos ainda maiores.
A música "MAMA.CITA"  foi lançada no final de dezembro do ano passado em parceria com Xamã e dá continuidade ao hit “Câncer”, do álbum Zodíaco, lançado em 2020 pelo rapper. O clipe, cheio de referências visuais à composição anterior, remete ao signo do amigo, Escorpião, em resposta à primeira parte que mostrava o lado canceriano de Luísa.
A surpresa para os fãs foi a experiência que os artistas criaram desta vez. Além de continuar a história de “Câncer”, a faixa trouxe o lançamento dos perfumes “hasta la vista”, que permitem sentir o cheiro dos cantores e provocam uma imersão no universo da música. 

Luísa, como vocês chegaram na ideia de lançar um perfume junto com a música?
Eu sempre tento, a cada música e a cada passo que eu dou na minha carreira, evoluir. E a cada vez a gente dá um passo para frente. Então, a última música que a gente tinha lançado foi 'Cachorrinhas' e foi um trabalho, na minha opinião, impecável e divertido. Foi meu aniversário, tinha uma temática também, então cada dia mais eu me aprofundo em envolver as pessoas na música de uma maneira diferente, não só o áudio, e sim trazer uma experiência até para a música. Hoje em dia a gente tem muita música que pode até ter muito sucesso, mas é muito passageira. E quando a gente envolve cada música e cada momento da nossa carreira numa experiência e ela se torna especial do jeito que que a gente se propõe a fazer, isso se torna algo mais marcante pra carreira, pra música e pro artista, sabe? Então, eu tento em cada música que eu lanço ter algo muito especial e claro que precisa de muito investimento, muita coragem, mas eu acho que vale a pena. Com 'MAMA.CITA' eu pensei dessa maneira: 'como eu posso fazer uma experiência com a música?' Eu quero trazer uma experiência pros fãs. E o perfume foi uma das formas que a gente encontrou de trazer essa experiência de sentir o cheiro da canção. Além disso, é tudo muito artesanal, muito bem pensado, até para a foto de perfil nós pensamos no escorpião puxando meu olho.
Atualmente, nas músicas que estão sendo lançadas, as pessoas realmente buscam entregar uma experiência além do som para quem está ouvindo. Até onde você acha que isso pode chegar?
Olha se eu soubesse eu diria, acho que ninguém sabe onde ela vai chegar. Acho que vai chegar longe ou pode morrer na praia. Essa é a graça disso, né? A gente não sabe onde vai chegar.
De onde veio a ideia de criar perfumes para promover a nova faixa?
Foi uma ideia conjunta com a equipe, com a galera de licenciamento da equipe. Eu ainda não tinha feito nenhum produto que fosse meu ainda, só licenciamento. Minha praia era a música. Aí tiveram a ideia de fazer algo a ver com o meu lançamento, eu achei super legal você sentir o cheiro de uma música, isso não existia! É um jeito de as pessoas sentirem o cheiro da música, e o meu cheiro, do Xamã.

Você começou a cantar essa música mesmo antes do lançamento. O que mudou dos outros trabalhos para esse, que ficaram mais em segredo?
Fazer diferente. Ter propostas novas. Criar novas formas de fazer. Se em Cachorrinha eu escondi tudo, nessa eu abri, entendeu?

Além de tudo o que você já fez este ano, como participar do Rock in Rio, ser indicada ao Grammy Latino com o álbum 'Doce 22', e bater recordes com singles como 'Sentadona', onde você quer chegar em 2023?
Quero fazer um grande álbum. O foco sempre foi fazer álbum. Sempre vai ser. Eu gosto de contar história né? Eu sou uma cantora, mas eu me sinto muito mais uma intérprete. Mas intérprete da minha própria vida. Então, eu quero fazer um grande álbum, de todas as maneiras, grandioso, e é isso.

Quão importante é lançar as coreografias pra você, considerando o TikTok e o efeito que ele tem no sucesso da música, e como você prepara e pensa as coreografias pro lançamento? 
No caso de 'MAMA.CITA', se você ver o clipe da Poesia Acústica (13), a parte que o Xamã fala 'ela prefere o malvadão que é dublê de marido', ele faz essa dancinha que virou depois o movimento de 'MAMA.CITA'. Quando eu vi ele fazendo isso, eu amei e falei: 'Flávio (coreógrafo), isso tem que virar um passo, precisa fazer parte da coreografia da música'. Então, o Fábio foi lá e criou, encaixando bem na parte principal da letra. A gente fez a coreografia e o refrão de 'MAMA.CITA' inspirado no movimento que o Xamã faz naturalmente com o corpo dele, com aquele gingado maravilhoso, aquele flow dele que é único. A nossa inspiração para coreografia são coisas que passam na nossa vida, na nossa cabeça. É uma coisa muito intuitiva, que acaba virando uma grande tendência. Na época em que estávamos fazendo coreografia no chão, eu estava gostando de fazer isso e ponto, sabe? Não estava focando em viralizar, até porque as minhas coreografias teoricamente não deveriam viralizar no TikTok, não tem nada a ver com os passos de lá. Pelo contrário, as coreografias no chão são muito difíceis de serem executadas para virar uma trend, entende? Mas a gente dá sorte, a galera gosta e a gente vai fazendo de acordo com o momento e em como eu estou me sentindo. O TikTok é a maior plataforma de impulsionamento de música hoje em dia, então eu espero que gostem, mas a gente não pensa muito em viralizar lá, só acontece, e ainda bem que acontece!

Você sempre deixou muito claro que as suas roupas e maquiagens se relacionam muito com a sua vida pessoal, e o momento que você está vivendo. O que a estética do 'MAMA.CITA' revela sobre você?
Eu acho que é uma Luísa um pouco mais evoluída. Acabamos trazendo essa coisa futurista porque é um lugar mais evoluído e um passo a mais. É natural, uma evolução. O clipe é muito futurista, mas ele é muito orgânico ao mesmo tempo. As roupas são muito atuais também, é uma mistura do passado, do presente, e do futuro. Assim, a Luísa está um pouco mais evoluída, lançando uma música... A estética já começa a ser uma coisa um pouco mais fria, porém a música ainda está caminhando, a gente está fazendo as pessoas se acostumarem com novos sons.

Ao longo de 2022 você veio lançando esses chamados singles de manutenção, que vem transitando pelo pop, funk, trap. Qual foi a inspiração para esse novo trabalho que veio após o 'Doce 22'?
Eu não vou falar, porque se eu falar em quem eu estou me inspirando agora vocês vão ficar assustados e não vão entender nada. Mas é uma coisa muito diferente. É bem triste. Mas é um triste um pouco fritado e irônico. Eu acho que talvez 2023 seja meio assim. E melancólico é a minha palavra. A melancolia nas formas dela se expressar, mas eu não vou sair do pop. Eu não vou fazer música triste, eu só vou mudar a forma de expressar algum sentimento por que eu mudei minha forma de ser.

Como você decide o que entra em um álbum ou será lançada como música avulsa?
É a história que eu quero contar no álbum. Quando não tem a ver com história ou quando a estética não tem nada a ver, vira single. O álbum eu gosto de fazer muito redondo, aí o que não se encaixa porém eu me identifico naquele momento e quero lançar, eu lanço como single separado.
Reportagem da estagiária Rebecca Henze sob supervisão de Tábata Uchoa

Luísa Sonza no clipe MAMA.CITA Reprodução Internet
Luísa Sonza e Xamã lançam MAMA.CITA PAM MARTINS
Luísa Sonza no clipe MAMA.CITA Fotos: Divulgação
Luísa Sonza no clipe MAMA.CITA Reprodução Internet

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