Rio - A novela "Vai na Fé", de Rosane Svartman, estreou na última segunda-feira na TV Globo e já tem se mostrado um grande sucesso. Sheron Menezzes, de 39 anos, repete a parceria com a autora - ela já havia trabalhado com Rosane em "Bom Sucesso" - mas dessa vez no papel de protagonista. A atriz vive Sol, uma mulher batalhadora, que encara os desafios da vida sempre com um sorriso no rosto. Evangélica, ela se vê em um impasse quando recebe a proposta de fazer parte do time de dançarinas do cantor Lui Lorenzo (José Loreto).
Sheron, como foi a preparação para viver a Sol, sua primeira protagonista?
Foi uma preparação muito gostosa. Dançar e cantar são coisas que eu amo fazer, mas que eu morro de vergonha. Mesmo! Eu vim de um outro trabalho em que eu coincidentemente também tive que passar essa vergonha (Sheron viveu uma ex-cantora de Axé na série 'Maldivas', da Netflix). Eu também tive que cantar, também tive que dançar. Era outro ritmo, outras coisas, mas tive que passar. Mas eu adoro isso. Eu tenho gostado muito, tenho me descoberto, tenho entendido que eu consigo fazer.
Você acredita que superou esse desafio de cantar e dançar?
A cada cena eu passo por cima de algo que mexe comigo. Desejos e vontades que desde sempre eu não fazia por medo. Agora preciso fazer por trabalho. Me deixa muito feliz ver que eu consigo fazer, quando eu termino e o diretor fala 'foi ótimo'.
Em 'Vai na Fé', a Sol começa casada com o Carlão (Che Moais), mas ela também viveu um romance na adolescência com o Ben (Samuel de Assis), que é marido de Lumiar (Carolina Dieckman). Você já tem uma torcida ou um palpite sobre com quem a personagem deve ficar?
O importante nesse momento é construir essas relações individuais, essas duplas (de casais), pra aí então com os laços fortalecidos a gente ver como a história vai ficar.
Você acredita que existem muitas mulheres como a Sol no Brasil?
É muito gostoso ver a Sol, a protagonista, como uma mulher que tem seus problemas, mas levanta com um sorriso no rosto, toca um dia longo... Ela trabalha, cozinha, ajuda a mãe a fazer as quentinhas, coloca a roupa pra bater, pega ônibus, vai fazer show, faz tudo como muitas mulheres fazem no seu dia a dia.
Qual a importância dessa representatividade?
É muito importante agora as pessoas ligarem a televisão e se identificarem de uma maneira positiva. As pessoas falarem 'ela é igual a mim, peguei o ônibus e estava lotado'. É gostoso a gente se olhar, se identificar e ver que é isso, seguir a vida... Eu acho que como espectadora assistiria a novela e falaria 'que novela gostosa de ver, que personagem bacana de se inspirar'. Acho muito importante esse momento de 'Vai na Fé'. É muito importante que as pessoas liguem a TV e se identifiquem não só com essa mulher, mas com essa família toda.
O que você mais tem em comum com a Sol?
A beleza. É brincadeira! Mas a gente é igualzinha (risos). Eu sou uma sol. Eu cuido de uma casa, de um casamento, de filho, eu estudo, trabalho, tenho uma família, a gente se conecta, se conversa... Mãe e irmãos. Isso é ser Sol, batalhar, abrir mão de coisas que você gostaria de fazer pra você pra fazer pela família.
Você já trabalhou com a Rosane Svartman em "Bom Sucesso" e agora vocês estão repetindo a parceria em "Vai na Fé". Como é para trabalhar com ela novamente?
Eu amo o texto da Rosane. "Bom Sucesso" foi um sucesso, foi incrível, foi minha primeira novela depois da maternidade… Teve um hiato pela maternidade e um hiato pela pandemia, então voltar com a Rosane de novo em 'Vai na Fé' é mais incrível ainda porque o texto dela é muito pé no chão.