Rio - Zaac está de volta com seu novo single, "Mais Uma". O título da faixa chama atenção para a nova parceria com Anitta, já que esta é a quarta vez em que os artistas fazem uma colaboração. Após os hits "Vai Malandra", "Bola Rebola" e "Desce Pro Play" conquistarem as paradas brasileiras e internacionais, o funkeiro de 30 anos se junta à cantora no novo trabalho, lançado no último dia 16, que ainda representa uma nova fase na carreira do paulista. Dessa vez, o artista se lança em uma batida inspirada no “dembow”, ritmo caribenho que adiciona uma camada extra ao funk de Zaac e Anitta.
Como você se sente ao carregar essa responsabilidade de hitmaker em tantas parcerias com a Anitta?
Na verdade, eu tento deixar o mais leve possível porque é muito pesado. É uma mochila de toneladas, que é sempre entregar uma parada muito boa, diferente. Desde ‘Vai Malandra’ até ‘Desce Pro Play’, é uma música que conversa com a outra porque tem uma estética de voz, mas, na batida, a gente mescla bastante.
E como é essa conexão que existe entre você e a Anitta, que sempre resulta em sucessos?
Eu tenho uma ligação muito boa com a Anitta. A gente tem uma amizade muito sadia, muito boa! A gente dá super certo, a gente conversa e combinamos de uma forma que acho que não soltaremos nada que desagrada um ao outro. Acho que a gente vai sempre soltar o que agrada ambos, por termos o mesmo gosto.
O que motivou a investir em outra colaboração com a Patroa?
Eu acho que a gente não pode mexer no que está dando bom, no time que está ganhando não se mexe e deixa ganhar. Mas, principalmente, é porque a galera gostou, o público gostou muito da nossa parceria, eles cobram a gente direto. E a gente acaba falando a mesma língua, tanto é que eu já sei o que mandar pra ela e eu sei que ela vai gostar.
Vocês dois também trabalharam juntos no videoclipe de “Mais Uma”. O que achou da experiência?
É super novo. Nós estávamos pensando em trazer um pouco do filme ‘Construindo Uma Carreira’, de 1991, com a ideia de estar numa loja, com várias coisas acontecendo, como se fosse uma parada meio fantasiosa. A gente trouxe o máximo (do filme), mas sem desconversar da música. E foi incrível, tudo muito bom! E eu já falei: ‘mano, eu quero ser ator’. Agora, eu vou ter que investir nessa área que eu gostei, foi uma experiência nova e boa. Amei.
E qual é o diferencial de “Mais Uma”, em comparação com os outros ‘feats.’ que vocês já haviam lançado antes?
Acho que a estética sonora dela fala por si mesma. Eu fiz um estudo na minha última turnê pela Europa, ligando essa onda do dembow. É uma parada que eu não entendia nada do que estavam falando, eu gostava da pegada, da energia. Então, eu quis trazer o dembow, mas abrasileirar de uma forma que a gente consiga curtir, dançar e entender. O ponto principal dessa música é realmente ela ser diferente de tudo que está tocando aqui no Brasil. Ela é minha aposta de Carnaval, ela tem energia, alegria, felicidade e é uma proposta diferente do que está tendo.
E você planeja lançar mais músicas apostando nesse ritmo musical?
Pra mim, o dembow tem muito esse lance da energia. Com a música, no geral, eu vou muito pela melodia ou pela batida. E acho que a batida do dembow contagia muito, eu acho que eu assimilo bastante ao funk, que é o meu gênero em si. Eu acabei gostando muito da vibe e quero trazer essa parada pra cá. Então, depois de ‘Mais Uma’, eu virei com outra música, fazendo essa experiência. Eu também quero fazer feats. com El Alfa e Chimbala, que são grandes nomes do dembow. Minha proposta é fazer esse estudo para conseguir fazer essa conexão Brasil-Caribe.
O que tem de mais desafiador em se lançar no dembow para essas novas faixas?
Acho que é conseguir passar o que eu quero para outras pessoas, sem que elas se prendam nas referências, buscar esse meio-termo entre Caribe e Brasil. De uma forma que fique bacana pra gente e que, se a se a galera lá escutar, (eles pensem) ‘opa, parece nosso estilo’. A gente achou o meio-termo em ‘Mais Uma’ e é muito satisfatório, é muito bom, é o que faz esse desafio valer a pena.
