Rio - Depois de ser técnica do "The Voice Brasil", da TV Globo, a cantora Iza atualmente encara o desafio de ajudar talentos mirins na versão infantil do programa, o "The Voice Kids". Encantada com a coragem das crianças de se arriscarem no palco tão novas — os participantes têm entre 9 e 14 anos —, a artista fala do prazer de ver o crescimento profissional dos candidatos, comenta a relação com Carlinhos Brown e Mumuzinho e revela que quando era mais jovem não pensava em ser uma artista de sucesso. Confira!
Iza, como está sendo para você estar ao lado de Mumuzinho e Carlinhos Brown no "The Voice Kids"?
É a primeira vez que eu estou trabalhando tão perto de Mumu, o Brown eu já tive chance de trabalhar no "The Voice Brasil"… É realmente um presente estar ao lado de Mumu, Brown, Fátima (Bernardes, apresentadora) e essa equipe maravilhosa. Está sendo muito maneiro. Eu me sinto muito lisonjeada, muito grata de estar ao lado do Mumu, que é um artista incrível, completo: canta, dança, encanta, é o cara do entretenimento. E ao lado do Carlinhos Brown que, enfim, dispensa comentários. O maluco foi indicado ao Oscar… Isso tudo me deixa muito feliz.
Como foi receber o convite para ser técnica do programa?
Fazer parte da família "The Voice" é muito incrível. Eu me formei em Comunicação e sempre quis trabalhar aqui (na TV Globo). Sempre quis fazer parte desse universo. Sentar nessa cadeira me faz agradecer muito pelos caminhos que a música acabou apresentando na minha vida.
Esta é a primeira vez que o "The Voice" tem três técnicos negros. Qual é a importância dessa representatividade?
Tudo nesse programa me deixa muito feliz. E ainda tem o fato de que nós três somos negros. Está acontecendo pela primeira vez… É muito especial saber que não é proposital, saber que isso foi pensado com muito carinho pra que a gente tivesse uma sinergia e acabou que rolou desse jeito. É muito lindo porque a gente chega na casa de todo mundo domingo à tarde pra mostrar do que o Brasil é feito, quantas crianças talentosas... É realmente um momento muito especial da minha vida e da minha carreira.
Como técnica do "The Voice Kids", você tem que dizer "não" para algumas crianças. É difícil?
O mais difícil é não deixar a emoção tomar conta porque a gente pensa: "é óbvio que tem que melhorar, evoluir... são crianças!". E ao mesmo tempo a gente olha pro palco e se vê no palco. Eu, por exemplo, penso "caraca, não tive coragem de fazer um movimento desse". Então é muito difícil focar e ser técnico. A gente olha e fala "meu Deus, esse vestido, olha que coisa mais bonita, como canta, mamãe" (risos). E a gente tem que estar ali naquela postura que eles merecem. Eles vem pro "The Voice" pra isso, pra realmente ouvir o que a gente tem pra dizer.
Qual a importância do "The Voice Kids" para esses talentos mirins que passam pelo palco do programa?
A gente precisa pensar que esse palco é uma grande oportunidade. São milhares de crianças que se inscrevem. As crianças que chegam aqui no palco pra cantar são um grupo muito seleto. Por mais que não vire a cadeira, tem um bando de adulto que nunca teve a oportunidade de estar no palco, com microfone na mão, uma banda sinistra, produção, cronograma... No final o saldo é sempre muito positivo.
Quando você era criança, já imaginava que iria se tornar uma cantora de sucesso?
Eu nunca tive vontade de fazer nada disso quando era criança. Sempre gostei muito de me divertir com a música, fazer peça de teatro, musical em casa, performance, mas sempre tive muito medo de palco, muita vergonha. Sempre fui muito comunicativa, mas muito envergonhada. Sempre fugi de agência de modelo, de palco, de tudo…
E como você começou a cantar profissionalmente?
Fui começar a cantar com 14 anos na igreja e depois disso que eu comecei a criar mais coragem, mas porque a música era inevitável. Essa experiencia de estar vendo uma galerinha de 9, 10 anos que já sabe muito o que quer é muito inspiradora, porque eu sempre quis, sempre amei a música, mas não tive essa coragem quando era mais nova.