Cauã Reymond comenta polêmica nos bastidores de 'Vale Tudo'

Ator também falou sobre os desafios na carreira profissional

Cauã Reymond relata desafios da vida profissional
Cauã Reymond relata desafios da vida profissional -
Rio - Cauã Reymond, de 45 anos, se manifestou sobre uma polêmica envolvendo os bastidores de "Vale Tudo", durante o "Altas Horas", da TV Globo, neste sábado (24). Intérprete de César no remake, o ator comentou que o clima entre os atores é de paz após rumores de uma suposta desavença entre ele e Bella Campos.
"Cauã, eu vou começar com uma coisa assim, que tá saindo por aí, uma questão dos bastidores da novela. Quero saber se você tem alguma coisa a dizer, ou não. Atores quando se encontram, o que acontece?", quis saber Serginho Groisman.
Cauã respondeu: "Eu estou na vida pública há muito tempo, muitos anos já, 23 anos [de carreira], se pegar a época que comecei a trabalhar como modelo, tenho 27 anos de carreira, trabalhando já. Estou acostumado já a esse tipo de coisa e de saírem muitas notícias", afirmou.
O galã também comentou sobre uma festa envolvendo o elenco da novela. "O que eu posso falar é que a gente tá trabalhando muito duro, são atores muito talentosos, a gente está fazendo muito bem, a novela tá indo muito bem. Eu estou acostumado com esse tipo de situação, outro dia inclusive teve uma festa do elenco e falaram que eu não fui. Eu não vou em festa praticamente, sou um cara muito caseiro, então estou muito acostumado a esse tipo de especulação", acrescentou.
Desafios na carreira profissional
Na atração, o artista também recordou as dificuldades que enfrentou na carreira. "Eu tive um empresário que falou que eu não era loiro, não tinha olhos azuis e que eu nunca ia ser protagonista da rede Globo. E pediu para eu encontrar um 'plano B'. E eu nunca consegui ter um 'plano B'. Minha mãe era astróloga, ela já virou estrelinha, mas ela falava que no meu mapa eu ia ser ator. Meu que me deu toque, perguntou porque eu não tentava ser ator", disse.
Em seguida, o artista revelou como foi sua experiência nos primeiros passos como ator. "Eu morava em Nova York e estava terminando esse momento como modelo. Eu tive uma crise de espinhas internas, aquelas que doem. Ai eu fui na minha escola de atuação e a minha agenciadora foi um pouco cruel, ela falou que já tinha mandado os modelos mais importantes do mundo para essa escola e que a professora não gostava de ninguém... E quando eu cheguei lá ela me adorou, eu nem sabia o que era atuar direito", declarou. 
Cauã contou que recebeu ajuda de uma professora. "No dia seguinte ela perguntou se eu voltava, eu disse que não voltava porque tinha acabado meu dinheiro. E ela disse: 'Te dou uma bolsa de estudos'. Eu respondi: 'Mas eu não tenho onde morar'. Ela falou: 'Te dou um emprego'. Eu estudava de manhã, chegava mais cedo, varria o chão, limpava os banheiros. E a noite eu comecei a dar aula de Jiu-jítsu, que eu fui na academia da minha equipe. O cara gostou de mim e eu fazia trocadinho a mais", explicou. 
O galã comentou que tinha que escolher qual refeição ia comer. "Eu morava em um 'quarto de cachorro'. Morei dois anos em Nova York ganhando só 20 dólares por dia. Escolhendo qual refeição eu ia poder comer. E vou te falar, foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida. Eu tinha que escolher se eu ia almoçar ou jantar um prato de comida. Se não, era uma frutinha, alguma coisinha mais barata".
Ator revela que sofreu bullying 
Cauã fez um desabafo e relatou dificuldades na infância devido a particularidades na família: "Eu sofri muito bullying, minha mãe era HIV positivo, minha vó adotou minha mãe, era mãe solteira e deficiente física e a minha tia, que também foi adotada, era esquizofrênica. Eu sofria muito bullying na rua, porque meu pai morava em Santa Catarina então não tinha ali uma figura masculina e eu sei que é difícil quando as pessoas olham para mim hoje, mas eu tive uma infância, muito, muito difícil, muito rica também, que me ajuda a contar histórias", relevou. 
Ator contou que o esporte o ajudou em sua autoconfiança. "Mas uma coisa que eu senti em relação ao bullying é que às vezes chegava em casa e eu não tinha ninguém pra falar, eu tinha vergonha. Minha mãe estava correndo atrás da vida, foi mãe muito nova, então eu não falava para ninguém. Aí eu entrei no jiu-jitsu aos 14 para os 15 anos, eu comecei a encontrar uma forma de defesa, de autoestima, de autoconfiança, me ajudou muito. Mas eu me sentia muito solitário", disse. 
Cauã Reymond conta sobre a vida pessoal no 'Altas Horas'
Cauã Reymond conta sobre a vida pessoal no 'Altas Horas' Reprodução Globoplay