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Carla Diaz fala sobre seus trabalhos na TV e adianta projetos para 2021

Atriz está no ar em duas novelas e ainda lançou o documentário 'Metamorfose'

Carla Diaz
Carla Diaz -
Carla Diaz está em dose dupla na telinha: no ar nas reprises de ‘Laços de Família’ e ‘A Força do Querer’, na Globo. A atriz ainda lançou o documentário ‘Metamorfose’, após descobrir um câncer. À coluna, ela fala sobre a cura da doença, seus trabalhos na TV e adianta seus projetos para este ano. Confira!
- Você lançou seu documentário, o 'Metamorfose', em que mostra sua trajetória desde descoberta de nódulo maligno até a recuperação. Como foi o processo desse trabalho, Carla? Foi doloroso pra você? Foi uma maneira de você se redescobrir?

Passado todo o processo, já recuperada, decidi dividir a minha experiência com outras pessoas que passam pelo que eu passei. Quando descobri o nódulo, comentei nas minhas redes sociais e me surpreendi com as diversas mensagens de pessoas que estavam no mesmo momento em que eu e outras que superaram e se curaram. E assim como foi importante para mim tantos incentivos positivos, quis dividir esse momento delicado com meus fãs no Metamorfose e mostrar que o câncer tem tratamento, que é possível vencer como eu venci. Sofri com a falta de informação na internet, essa cirurgia que fiz é muito inovadora e eu queria poder disseminar essa informação, ajudar quem está passando por isso.

- A sua postura em relação ao câncer que teve foi muito bonita. Você em algum momento sentiu muito medo? Ou sempre foi otimista em relação a doença?
Claro! Muito medo. Assim que soube, meu mundo caiu. Entrei no carro e me acabei de chorar. Não é fácil receber um diagnóstico desse. Mas depois respirei fundo e pensei: vamos lá fazer o que tem que ser feito. Minha mãe foi muito importante nesse momento. Me ajudou muito a segurar as pontas. Para ela também não foi fácil, mas ficamos ali segurando uma a mão da outra no pensamento positivo e a certeza de um final feliz.

- Você em um momento disse que se agarrou na sua fé. Você sempre foi essa pessoa religiosa?
Sempre fui uma pessoa de muita fé. E a ela foi muito importante nas fases mais difíceis. Tive medo, mas nunca perdi a esperança de que sairia bem. Acredito muito em energia e o pensamento positivo também me ajudou a atravessar essa fase difícil. Tudo tem um propósito e o meu foi a aprender a valorizar as coisas mais simples da vida, a me olhar e a me cuidar mais. O nosso corpo fala, por isso, temos sempre que estar atentos a ele.

- Acredita que sua história vai inspirar outras pessoas? Já tem recebido algumas mensagens dos internautas?
Já inspira! Tenho recebido muitas mensagens de gente se identificando e agradecendo por eu ter dividido minha experiência. Eu sei o que essas pessoas estão passando e isso as deixa à vontade para dividirem comigo toda a angústia. Foi tudo tão bem-sucedido comigo que eu queria poder falar em esperança. A gente usa a nossa voz, as nossas redes para disseminar tantas coisas, tantas marcas e trabalhos, por que não prestar esse serviço de utilidade e falar de superação?

- Esse ano era pra ter sido lançado o filme da sobre a Suzane von Richthofen. Pode contar pra gente como foi dar vida a ela? Como foi sua preparação?
Não foi um personagem fácil. Como atriz, foi desafiador, por se tratar de um caso real, um dos crimes mais estarrecedores que já vimos no nosso país. Li tudo sobre o caso incansavelmente, porque os roteiros dos filmes são baseados nos autos do processo, então foi um longo trabalho de preparação. Fora que são dois filmes com dois pontos de vista diferentes, ou seja, tivemos que construir versões da mesma personagem.

- Em algum momento foi difícil pra você gravar alguma cena? Você se sentiu pesada ou angustiada após alguma?
Em primeiro lugar, eu tive que me distanciar do meu julgamento pessoal em relação ao caso, para poder interpretar com veracidade a personagem, essa foi a principal parte da preparação, porque realmente é uma história pesada. A sequência de cenas que mais me marcou foi a do julgamento, porque fizeram o cenário igual, e também tinha a participação de uma grande figuração, foi um final de semana longo de gravação e de muita emoção.
- Na televisão, você está no ar em duas novelas, de períodos muito diferentes. Em Laços de Família você ainda é uma criança. No desenrolar de A Força do Querer você aparece um mulherão. Como é pra você se ver em dois períodos tão diferentes profissionais?
Pois é! É uma delícia! Passa um filme na cabeça! Amei fazer Laços de Família, foi minha primeira novela na Globo e tenho lembranças maravilhosas! Toda vez que assisto, me divirto e morro de saudade. De lá para cá tanta coisa aconteceu... tantas outras personagens vieram, no teatro, na tv... E a Carine foi muito especial. Ali pude mostrar para o público e até para mim mesma que posso fazer diversos tipos de personagem. Com certeza depois da Khadija, a Carine foi outro presente da Glória Pérez para mim. Sou muito feliz e grata pelas minhas oportunidades profissionais.

- Você tem um carinho especial por essas personagens?
Muito carinho por cada uma delas. Com cada uma foi um aprendizado, um momento. Seria injusta destacar uma ou outra como preferida. Cada uma delas tiveram valores importantíssimos no meu ofício e crescimento profissional, fora que cada uma também marcou uma fase da minha vida.

- Você cresceu aos olhos do público. Mas muitos ainda devem te ver ou associar aquela menininha. Você ouve muitos comentários deste tipo?
Exatamente porque cresci em frente às câmeras e por ter tido personagens marcantes ainda criança, como a Maria de Chiquititas, a Rachel de Laços de Família, a Khadija de O Clone, percebo que elas ficaram no imaginário do público e sempre são lembradas com muito carinho. Mas vejo que cresci junto com as minhas personagens, cada uma representou uma fase da Carla também e as pessoas foram acompanhando esse meu crescimento pessoal e profissional. Então os comentários que escuto hoje em dia são sobre a minha trajetória e não sobre me confundirem ainda como menininha, até porque ano passado eu trintei né?! Hahah

- O que você deseja para 2021?
Saúde! Depois de tudo que passei, entendi que o bem maior que podemos ter é saúde. Além disso, mais empatia um pelo outro, humildade e que essa vacine finalmente chegue.

- Quais são seus planos profissionais para o ano que vem? Já tem algo acertado?
Estou ansiosamente na espera da estreia dos dois filmes, A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais. Estou louca para ver o resultado! Tem outros projetos caminhando, mas que ainda é cedo para falar (risos). Esse ano está cheio de novidades boas
Carla Diaz Dessa Pires
Carla Diaz Dessa Pires
Carla Diaz Dessa Pires / Divulgação

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