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Papatinho fala sobre lançamento de 'Final de Semana' e planos para álbum novo: 'Não fico satisfeito nunca'

Em parceria com Seu Jorge e Black Alien, produtor inovou ao misturar elementos de diferentes gêneros musicais

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Recentemente, Papatinho lançou "Final de Semana", em parceria com Seu Jorge e Black Alien. Na música, o produtor brinca com diferentes gêneros musicais e combina a versatilidade de cada cantor com uma orquestra sinfônica. À coluna, Papatinho fala sobre o lançamento, outras parcerias, como Anitta e Ludmilla e projetos futuros. Confira!
Como surgiu a ideia dessa música? Como foi o processo de criação dela?
Sempre quis fazer uma musica com Seu Jorge. Tinha encontrado ele pouco tempo antes da gravação dessa musica, testamos algumas ideias, mas não chegou a se concretizar. Agora, fazendo meu álbum, tinha que ter algo com ele. Já com o Black, quando eu terminei a música, sabia que precisava de mais um verso, achei que cabia alguém do Rap rimando. Precisava ser alguém bem especial e com grande respeito para fazer o verso que faltava. Ninguém melhor que o Black Alien para representar.

Você já é conhecido por vários hits. Em que você se inspira na hora de produzir?
Eu sinto vontade de produzir direto. Não consigo ficar muito tempo longe do meu equipamento. Nunca parei desde que comecei. Claro que tem dias que não sai muita coisa legal, mas tem dias que me surpreende e sai algo que vejo como hit. Eu direciono a batida pro artista certo e fecho a ideia com chave de ouro.

'Final de Semana' tem a referência de diferentes gêneros musicais. Como você definiria essa música?
É uma mistura de samba com rap, baile de favela com pagode. A musica é uma mistura de elementos. São três gerações representando na mesma música. Fiquei muito feliz de ter extraído o meu melhor e o melhor deles. Ainda contei com uma orquestra para finalizar ela e foi o toque perfeito.

Você já tem músicas com grandes nomes da música. Com quem ainda sonha em fazer uma?
Sou muito feliz com o que eu já fiz aqui no Brasil, com artistas que eu mais curto. Trabalhar com quase todos que eu ouço desde novo. Diversos deles viraram meus amigos e isso é muito gratificante. Essa amizade com a galera da música. Posso aprender e evoluir com eles. Acho que me perguntassem com quem eu gostaria de trabalhar há um tempo, eu diria Seu Jorge. Agora é uma realidade e estou muito feliz.

Com isso, também já produziu diferentes gêneros musicais. Em qual você gostaria de trabalhar que ainda não teve a oportunidade?
Eu comecei no rap, ConeCrew, Marcelo D2, Gabriel O Oensador, mas depois eu dei um passo maior que comecei a produzir pro pop. Eu me considero um produtor de música urbana. Tudo está dentro do meu leque de produção e eu estou aberto para explorar novos estilos, mas dentro da música urbana eu nunca lancei um brega funk e acho maneiro, tenho vontade de lançar um.

Qual foi o maior desafio da sua carreira até agora?
O maior desafio foi quando a ConeCrew parou de produzir música depois anos de carreira de sucesso. Eu não ia parar de trabalhar, mas eu tive que recomeçar com a criação do meu selo, foi um desafio, um reinicio. Comecei acostumado com fãs e sucesso na internet e ter que começar de novo tocando sozinho foi um grande desafio.

Aonde o Papatinho quer chegar?
Eu não fico satisfeito nunca. Sempre quero fazer mais, sempre quero evoluir mais, aprender mais. De uns anos para cá, eu comecei a viajar para produzir para artistas lá de fora. E é um novo mundo. Ainda tem um mundo pela frente e não vou parar até conseguir conquistar cada vez mais meu espaço.