Primeiro apresentador gay do Jornal Nacional diz não ter nada a esconder

O ‘Jornal Nacional’, da Rede Globo, está comemorando seus 50 anos colocando na bancada todos os sábados jornalistas de todos os cantos do país. Um dos que vai assumir o posto é Matheus Ribeiro, de Goiás, que surpreendeu o público ao revelar que está em relacionamento gay.

Matheus, que deu uma entrevista à revista ‘Veja’, disse que no início de sua carreira sua sexualidade sempre foi um tabu e que tinha muito medo que isso pudesse prejudicá-lo.

“Tinha receio de que, quando essa característica viesse a público, eu me prejudicasse. Felizmente, para minha grata surpresa, isso não ocorreu”, contou.

O anúncio do namoro com Yuri Piazzarollo, policial militar, foi feito no início de outubro pelo Instagram.

De acordo com o jornalista, eles se conheceram no carnaval de Salvador este ano e estão juntos desde então.

“Estamos juntos há oito meses. Nós nos conhecemos no Carnaval de Salvador deste ano. Yuri (Piazzarollo) é capitão da PM em Rondônia. Sempre recebi mensagens de seguidores falando sobre isso e tinha uma resposta pronta: minha vida particular não deveria ser um atrativo. Tenho o direito de me resguardar em algumas situações. Meu lado pessoal é pessoal, e ponto. O lado profissional é outra coisa”, explicou.

A previsão para assumir a bancada do ‘Jornal Nacional’ está marcada para o próximo dia 09 de novembro e Matheus disse que tem recebido muito apoio de todos os lados desde o anúncio do namoro. Porém, ele contou que já recebeu alguns comentários preconceituosos.

“É natural as pessoas terem curiosidade, mas houve situações que eu e Yuri achamos desrespeitosas. Alguns comentários envolvendo religião, Deus, dizendo que não éramos corretos. Sou um cara que tem uma fé muito viva. É preciso respeitar a liberdade religiosa”, disse ele.

O jornalista da TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás, ainda explicou que: “Estou muito bem com Deus. Ao postarmos aquela foto, nós tiramos o poder de qualquer pessoa de dizer maldades. Não tenho nada a esconder de ninguém. Isso me aliviou”.