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Músico solta o verbo sobre ser gay e cantar rap: 'ambiente muito heteronormativo, apesar de tratar sobre desconstruções'

Bate-papo com a cineasta brasileira multipremiada Sabrina Fidalgo e o rapper baiano Hiran agitam o Trace Trends, da Rede TV

A edição desta terça-feira (4) do Trace Trends exibe um bate-papo com a cineasta brasileira multipremiada Sabrina Fidalgo e o rapper baiano Hiran
A edição desta terça-feira (4) do Trace Trends exibe um bate-papo com a cineasta brasileira multipremiada Sabrina Fidalgo e o rapper baiano Hiran -
A edição desta terça-feira (4) do Trace Trends exibe um bate-papo com a cineasta brasileira multipremiada Sabrina Fidalgo e o rapper baiano Hiran. Roteirista e diretora autoral, Sabrina explica a escolha da narrativa dos trabalhos que produz, sempre voltados ao protagonismo negro.
"Conto histórias de uma forma que eu possa naturalizar os corpos pretos e fugir desses estereótipos que as pessoas pretas são colocadas. Estão sempre naquele lugar de subserviência, hipersexualização ou violência e isso quando estão lá, porque na maioria das vezes elas sequer aparecem. Completamente apagadas num país onde 56% da população é composta por pessoas pretas", afirma.
"O que estamos vendo são pessoas brancas que já estão usufruindo do seus privilégios há muitos anos. Que nunca tiveram a menor preocupação com a questão da inclusão de gênero e raça em seus filmes e agora, do dia para a noite, fazem projetos onde esses corpos são protagonistas", reflete.
"Quando o capital entra, os racistas mudam de tática. Se tornam inclusivos, sendo que ao longo de toda vida eles nos excluíram."

Os apresentadores AD Júnior e Alberto Pereira Jr conversam também com o rapper baiano Hiran, de 25 anos.
Apadrinhado musicalmente por Caetano Veloso, ele confidencia as dificuldades que teve no início da carreira artística por ser homossexual e expõe como enxergava o cenário antes de se lançar.
"Demorei até os 21 anos para entender que eu podia fazer rap, porque eu não conseguia visualizar o menino que vestia o que eu vestia, que falava como eu falava, que tinha os termos na ponta da língua que eu tinha, fazendo hip hop. Eu achava que era um ambiente muito heteronormativo, apesar de tratar sobre desconstruções", compartilha.

As entrevistas completas irão ao ar no Trace Trends de hoje, às 22h30, na RedeTV!.