Batuque de primeira

Quem toca no Samba da Feira não esquece jamais. Tanto que muitos dos artistas que passam pelo palco retornam ao evento do Armazém do Engenhão. É o caso de Netinho de Paula, que se apresenta amanhã, a partir das 21h. E o melhor: de graça!

"O nome Samba da Feira já deixa claro que é para todas as raças e tribos. Isso me alegra, pois me identifico muito", afirma Netinho, que também está de volta à telinha como apresentador no É Da Gente, na RedeTV!, domingo, às 14h. E está todas as noites na novela A Dona do Pedaço, que recorda um hit de sua ex-banda Negritude Junior, Beijo Geladinho.

Não por acaso, o Samba da Feira tem sido uma boa opção para quem prefere um pagode retrô, com hits dos anos 80 e 90 mesclados aos clássicos do batuque. Os convidados do evento chegam sempre no fim do dia (lá pelas 21h ou um pouco mais tarde) e são recepcionados pelo grupo da casa, o Seligaê, que começa às 17h.

Por sinal, o nome do evento é Samba da Feira, mas o objetivo é jamais fazer distinção entre samba e pagode. A partir dos anos 90, quando os artistas ligados a um samba mais romântico e pop passaram a ser definidos como "pagodeiros", os nomes mais tradicionais viraram sambistas de "raiz". Mário Castilho, sócio do Samba da Feira, diz que ali sempre vai ser tudo junto e misturado.

"A gente quer exatamente isso: acabar com o preconceito que existe entre essas separações de samba e pagode. Trazer esses artistas para cá, despertar o público para entrar em movimentação novamente", destaca Castilho, que tem 30 anos e cresceu com o repertório dos anos 90 no ouvido. "Sempre ouvi Negritude Junior desde que era criança. Receber Netinho aqui é gratificante demais. Temos essa ideologia de misturar os jovens e as pessoas mais velhas, para curtir os clássicos do segmento", diz.

Curtiu? Então, anota aí: o Armazém do Engenhão fica na Rua José dos Reis 189, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. Amanhã, às 17h. Entrada franca.