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Beijinhos, sim! Tchaki tchaki, não!

Gil já viveu saias justas nos EUA: "Passei por vários perrengues. O idioma em si não foi o problema, mas a comunicação. Por exemplo: no Brasil, a gente fala 'Eu gosto tanto de você!' com frequência. Em inglês, o 'I like you' tem peso, e eu não sabia. Cheguei querendo socializar e falei 'I like you so much' pra todos os machos, que me olharam com medo. Quando me explicaram que lá significava estar apaixonado, tive que voltar em um por um e explicar: você é bonito e se quiser 'tchaki tchaki' comigo até aceito, mas é zero paixão aqui. Porque meu amor é de quenga. Só que traduzir isso é complicado, né (risos)? Comecei a ter receio de ofender, gerar mal-estar sem querer".

Gil elogia a valorização da diversidade na Califórnia. "Em São Francisco, você fala que é gay e não ouve de volta: 'Olha, não tenho nada contra'. Foi um diferencial não ser uma questão pra ninguém. A minha orientação sexual foi abraçada, ninguém me julga. Você pode ser quem é, vive o que quiser, não tem que dar explicações o tempo todo. Me trouxe uma grande sensação de liberdade. A bandeira do arco-íris está hasteada em todos os lugares. Isso é incrível! Eu dei uns beijinhos lá, mas não dei sorte para o tchaki tchaki", revela.

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