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Ciro Nogueira critica 'plano B' do PT para manutenção do Auxílio de R$ 600

Representante de Bolsonaro na transição de governo, ministro da Casa Civil questiona sugestão de PEC para furar teto de gastos

Em troca de mensagens pelo Whatsapp, Ciro Nogueira criticou opções do governo eleito para a manutenção do Auxílio Brasil
Em troca de mensagens pelo Whatsapp, Ciro Nogueira criticou opções do governo eleito para a manutenção do Auxílio Brasil -
Brasília - O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, criticou o "plano B" do Partido dos Trabalhadores (PT) para conseguir manter o Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem por meio de crédito extraordinário. De acordo com a 'CNN', Nogueira enviou uma mensagem de WhatsApp para seus contatos criticando a medida.

"Os técnicos em finanças públicas entendem que, para abrir um crédito extraordinário da forma tradicional prevista na Constituição, como exceção ao teto de gastos, precisa-se justificar a urgência e imprevisibilidade. Como fazer isso para uma despesa continuada, como o Auxílio Brasil?", questiona o ministro.

"Eles apontam que não parece que o simples fato da falta de recursos seja justificativa suficiente para respaldar a edição de um crédito extraordinário. Lembrando que os créditos extraordinários do auxílio emergencial tiveram respaldo em uma PEC", continua Nogueira.

Atualmente, o governo eleito prepara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê gastos além do teto para bancar, dentre outras coisas, o Auxílio Brasil, chamada de PEC da Transição.

Na segunda-feira (7), o texto da PEC será levado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na terça-feira (8), o texto deve ser oficialmente apresentado.

Porém, por conta da possível dificuldade de aprovar uma PEC, o senador Wellington Dias (PT-PI) admitiu a possibilidade de tentar o crédito extraordinário via Medida Provisória (MP).

Na mensagem de WhatsApp, Nogueira também cita o Tribunal de Contas da União (TCU). "Os mesmos técnicos apontam que o TCU, órgão de assessoramento do Poder Legislativo, não pode tornar o Poder Legislativo um órgão acessório ao TCU, pois feriria a Constituição".