Deus da raça tricolor

O espírito do Time de Guerreiros se faz presente no atual grupo do Fluminense e é encarnado por Gum. Remanescente da equipe que fez história entre 2009 e 2012, o zagueiro se tornou um exemplo de dedicação e de luta, como na classificação à semifinal da Copa Sul-Americana sobre o Nacional em Montevidéu (vitória por 1 a 0, gol de Luciano).

Isso porque o defensor atuou no sacrifício e aguentou até o fim. Como recompensa, um emocionado Gum ganhou o reconhecimento dos torcedores e a identificação com o clube só faz crescer.

Depois do jogo, o zagueiro não cansava de dizer que "esse grupo merece". Afinal, ele conhece bem todas as dificuldades enfrentadas. Assim como no Fluminense de 2018, Gum já conviveu antes com dificuldades, como salários atrasados e muita desconfiança. Por isso, no momento mais decisivo, fez questão de continuar lutando ao lado dos companheiros, mesmo com fortes dores no tornozelo direito. Tanto que, no vestiário, precisou tomar injeção no local para entrar em campo.

"Gum foi o maior exemplo de superação. No intervalo ele falou que estava doendo, mas que ia tentar ir até o fim. É um exemplo para esse grupo", elogiou Marcelo Oliveira.

Um dos líderes desse Flu após a saída dos principais jogadores no início de 2018, Gum não é capitão na Sul-Americana (Sornoza fica com a faixa), mas é quem mais fala nas correntes dos atletas.

Antes de descer ao vestiário, Gum fez questão de cumprimentar os torcedores que estavam na arquibancada e vibrou muito com a classificação: "Esse grupo merece e essa torcida que veio ao Uruguai também merece muito".

De volta à semifinal da Copa Sul-Americana após nove anos, Gum tem mais uma chance de fazer história no clube. "Sabemos a dificuldade do dia a dia. Muitos não acreditavam, mas nós acreditávamos muito. Provamos que o Fluminense é na superação".