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Hoje em dia, gente de todos os cantos do mundo sabe quem é Daniel Alves. Com 40 títulos na carreira, ele é nada mais nada menos que o maior campeão de todos os tempos no futebol. Até chegar a esse patamar, porém, foram muitos anos de luta.- Algemado, Ronaldinho Gaúcho vai à audiência para saber se continua detido; vídeo
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Natural de Juazeiro, no interior da Bahia, trabalhou na roça, em obras de construção civil, como garçom e até de figurante em filmes antes de dar seus primeiros chutes na bola como profissão.
Por conta de tudo que passou, o esporte pode ficar em segundo plano quando o assunto é sua brilhante trajetória de vida. Ainda em atividade, agora com a camisa do São Paulo, ele já foca em outras áreas.
“Como eu sempre falo. Futebol para mim é hobbie. Eu defendo o sonho das pessoas mais importantes para mim, como meu pai. Por isso faço com tanta responsabilidade, amor e paixão, mas o meu negócio é business”, afirmou, em entrevista ao canal do influenciador e nômade digital Raiam Santos, no Youtube.
“Você sair da roça, passar todo o perrengue e conseguir chegar onde chegou, vai inspirar as pessoas na periferia do Brasil e do Mundo. Esse é o legado, fazer as pessoas acreditarem”, completou.
Durante a conversa de quase duas horas, então, o camisa 10 da equipe tricolor falou sobre questões importantes de sua caminhada dentro e fora de campo. E um dos momentos mais difíceis é recente.
Em 2019, ele ainda se recuperava da lesão que o tirou da Copa da Rússia quando teve de vencer uma depressão, erguer a cabeça e dar a volta por cima na Copa América, seu 40º título.
“Eu coloquei na cabeça que eu precisava destruir na Copa América. Era a única forma das pessoas entenderem e respeitarem que idade não importa. Você prefere no seu time um jogador que já mostrou que ganha na hora do vamos ver ou uma promessa de 20 anos que, na hora do vamos ver, pode não corresponder?”, pontuou.
Com essas e outras experiências, então, Daniel Alves aprende muito sobre o business, em que é cada vez mais consolidado. Dos relacionamentos com uma equipe à forma de trabalhar para atingir êxito, tudo que ele vivenciou dentro do esporte o ajuda na nova caminhada.
“Se você cria uma obsessão por ser rico, não dá certo. Tem que focar no trabalho. Não pode ficar obcecado com o resultado, tem que ser com o processo. Ser rico é uma consequência. Eu brinco com meus amigos que eu nunca fui pobre, eu só não tinha dinheiro. Riqueza é outra coisa. O segredo é a execução”, resume.
“Só preciso de uma chance. Parece clichê, mas não existe sorte. Sorte é o encontro da preparação com a oportunidade. Se chega a chance e você está pronto, dá certo”, acrescenta.
O discurso e a sabedoria para lidar com a vida já dá indícios de seus próximos passos. Ao influenciador Raiam Santos, ele não nega a possibilidade de dar palestras motivacionais no futuro, assim como fazer um livro.
“Eu estava pensando, mas só vou fazer se eu mesmo escrever. Ninguém vai manipular nada. Igual eu posso contar, ninguém vai. Qualquer conteúdo que produzem de mim, eu tenho que estar na direção. Não sei se é porque eu vido no palco principal, mas na vida eu gosto de estar sempre no backstage. Não nascia para ser julgado e nem julgar ninguém”, finalizou o jogador.