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Em clássico eletrizante, Flamengo e Vasco empatam num dos melhores jogos do ano

Graça e Pikachu (22) disputam a bola com Gabigol e Rodrigo Caio
Graça e Pikachu (22) disputam a bola com Gabigol e Rodrigo Caio -

Clássico dos Milhões que se preze tem clima de decisão. E foi honrando tal tradição que Flamengo e Vasco protagonizaram uma noite memorável no Maracanã. Em um confronto pegado, com duas viradas e oito gols, nada mais justo do que o empate: 4 a 4, gols de Everton Ribeiro, Danilo Barcellos (contra), Bruno Henrique (duas vezes), Marrony, Pikachu, Marcos Júnior e Ribamar.

Agora com 78 pontos, o Mais Querido não tem mais chance de ser campeão brasileiro no domingo, contra o Grêmio. Já o Gigante da Colina, com 43,  enfrenta o Goiás, na segunda-feira, em São Januário, e está cada vez mais garantido na Série A.

Com o maior jejum vigente em clássicos estaduais no país, o Vasco mal teve tempo de colocar em prática a estratégia para derrubar o tabu de 13 jogos sem vencer o maior rival. Everton Ribeiro abriu o placar aos 38 segundos após grande jogada de Reinier, que deixou Raul, Guarín e Richard para trás antes do gol.

O prenúncio de passeio no Maracanã, porém, não se confirmou. O Vasco honrou a tradição e tratou o duelo como um clássico à parte. Se os três pontos deixariam o Flamengo mais perto do título, para o Vasco, garantira o passaporte definitivo na Série A de 2020. Com uma forte marcação e uma entrega à altura do confronto, o Cruzmaltino não apenas conteve o badalado arquirrival como tomou a iniciativa.

Paciente, o Vasco chegou ao empate aos 33, com Marrony completando a escorada de Raul após o cruzamento de Rossi. A jogada da virada foi digna do Clássico dos Milhões. Pikachu se livrou da marcação de Marí e Filipe Luís antes de ser derrubado por Rodrigo Caio. Ao contrário do primeiro turno, Pikachu converteu o pênalti: 2 a 1, aos 36 minutos.

O Flamengo pagou o preço pela má atuação, confirmada pelos espaços deixados na defesa e apagão de medalhões como Gerson, Bruno Henrique e Gabigol. Ainda assim, chegou ao empate nos acréscimo num vacilo de marcação do Vasco. Enquanto todos aguardavam a cobrança de falta direta de Gabigol, Rafinha, sozinho, recebeu e chutou cruzado. A bola desviou em Danilo Barcellos e entrou, aos 49 minutos.

Com Arrascaeta no lugar de Reinier, Jorge Jesus tentou recuperar a característica intensidade rubro-negra. O Flamengo tentou tomar a iniciativa, mas foi envolvido pela na boa trama de entre Pikachu e Rossi, que cruzou para Marcos Júnior, livre de marcação, colocar o Vasco mais uma vez na frete, aos seis minutos.

Eletrizante e aberto, o clássico prosseguiu. Na falha de Rafinha, Richard teve a chance de aumentar a vantagem. A finalização que explodiu na marcação fez falta, e como. Aos 20', Bruno Henrique emplacou uma suas arrancadas, tabelou com Arrascaeta, deixou Danilo para trás antes de fuzilar Fernando Miguel.

Esgotado fisicamente, o Vasco recuou. Com Vitinho com lugar de Gerson, o Flamengo aumentou a aposta pela vitória. O camisa 11 fez valer a sua entrada na grande jogada que culminou com o belo gol de primeira de Bruno Henrique, aos 34 minutos: 4 a 3.

Do banco, Luxa sacou o herói vascaíno no clássico. Ribamar entrou no lugar de Marrony e, aos 47', empatou de cabeça, aproveitando a falha de Diego Alves. Apesar da confusão no fim, com discussões e empurra-empurra, o clássico terminou assim, de tirar o fôlego do início ao fim.