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Fé em meio à crise

Igrejas com poucos fiéis em cultos e missas

A Bíblia diz que Deus deu livre-arbítrio. E boa parte dos brasileiros têm se apegado a isso em tempos de coronavírus. Tanto que, apesar da recomendação do governo de suspender missas e cultos para evitar aglomerações, muitas das igrejas do Rio têm permanecido abertas. A presença dos devotos, porém, teve queda acentuada.

Na quinta-feira, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha, Zona Norte do Rio, foi uma exceção. O Culto da Vitória realizado pelo pastor Silas Malafaia contou com centenas de fieis. Ontem, Malafaia mudou de ideia e afirmou que vai suspender os cultos. No entanto, garantiu que as igrejas continuarão abertas. "Vou suspender os meus cultos. Mas tem uma coisa: vou ampliar a hora das igrejas abertas. Igreja é o hospital de Deus nas áreas espiritual e emocional", disse Malafaia, em vídeo publicado em suas redes sociais.

Também na quinta-feira, na Igreja de Santo Afonso, na Tijuca, os fiéis estiveram na missa das 18h, mas evitaram aglomeração e mantiveram a distância uns dos outros. "Não deixei de vir, mas tomei cuidado. Sentamos eu e meu marido em um banco e coloquei minha mãe, que é idosa, dois bancos à frente", justificou a bancária Renata Santos, de 32 anos. Na Santa Terezinha do Menino Jesus, no mesmo bairro, poucos fiéis compareceram à comunhão.

Na Igreja de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, a celebração da tarde de quinta-feira também contou com número razoável de devotos, na maioria idosos, principal grupo de risco do coronavírus. "Nesses tempos difíceis, é preciso fortalecer o espírito. Me cuido, mas não posso deixar de vir à missa", disse Margareth Ramos, de 68 anos.

Algumas denominações optaram por transmitir cultos online. Os centros espíritas e casas de Umbanda suspenderam as atividades presenciais.