Mais Lidas

Justiça italiana condena Robinho a nove anos de prisão pelo crime de estupro

Ex-atleta do Santos foi condenado em última instância pela Corte de Cassação de Roma

Robinho foi apresentado pelo Santos em outubro de 2020, mas não chegou a jogar
Robinho foi apresentado pelo Santos em outubro de 2020, mas não chegou a jogar -
Rio - A Corte de Cassação de Roma, na Itália, última instância do judiciário do país, confirmou nesta quarta-feira (19) a condenação do ex-jogador do Santos Robinho e de seu amigo, Ricardo Falco, a nove anos de prisão por violência sexual de grupo, cometida contra uma mulher albanesa na boate Sio Café, em Milão, no dia 22 de janeiro de 2013. 
Sem a presença do atleta, que sequer viajou para a Itália, a audiência que analisou o recurso apresentado por sua defesa durou cerca de meia hora. Durante a curta sessão, apenas um dos advogados de defesa, o italiano Franco Moretti, fez a sustentação oral. Ele afirmou que a relação entre a mulher e Robinho foi consensual, e citou um dossiê da vida privada da vítima, que foi rechaçado no julgamento em segunda instância.
Durante o julgamento, o juiz Luca Ramacci chegou a chamar a atenção do advogado de Robinho, que se exaltou durante sua fala ao declarar que a vítima estava "tocando os genitais" de Robinho e dos amigos. "Advogado, estamos na Cassação, por favor", declarou o presidente da corte. Por fim, o procurador Stefano Tocci pediu que o recurso fosse rejeitado, o que acabou ocorrendo mais tarde.
Mesmo já tendo sido condenados, Robinho e Falco não poderão ser extraditados para a Itália, tendo em vista que a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros. Sendo assim, a Itália poderá pedir que eles cumpram as penas de prisão no Brasil.
Para que Robinho e Falco cumpram suas penas em território brasileiro, é necessário que a Itália peça a transferência de execução de pena à justiça brasileira e espere que o Superior Tribunal de Justiça faça a homologação da sentença estrangeira. Mas, segundo a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR (Procuradoria Geral da República), "não existe um prazo para o trâmite do processo".