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Celso Barros se despede da política do Fluminense e alfineta Mário

Ex-patrocinador do clube foi vice-presidente entre 2019 e 2022, mas estava afastado desde o primeiro ano no cargo

Celso Barros
Celso Barros -
Rio - Um dia após o presidente Mário Bittencourt tomar posse pelo segundo mandato consecutivo, o ex-vice presidente de futebol Celso Barros anunciou que está se afastando da vida política do Fluminense. Em carta publicada nas redes sociais, nesta sexta-feira (16), Celso lembrou da parceria quando patrocinou o clube por 15 anos e alfinetou o atual mandatário tricolor, menosprezando a conquista do Carioca em 2022. 
"Chega ao final o mandato para o qual fui eleito, como vice-presidente geral, na chapa encabeçada pelo atual presidente reeleito. Como todos sabem, não pude exercer a função acordada entre nós, que seria a de coordenador do futebol, pois fui vítima de uma atitude moleque. Em relação a esses três anos e meio no futebol, nenhuma conquista relevante, a não ser um carioquinha, que virou até livro", disse Celso Barros.
"Tivemos boas participações nos brasileiros, que nos levaram as competições sul americanas, onde o nosso desempenho foi sofrível. Não vou me alongar falando de contratações e vendas, nem de relações com empresários, que são do conhecimento de todos. Quanto às questões econômicas e financeiras do clube, existem evidências que elas são bem ruins", completou o ex-vice de futebol do Fluminense. 
Celso Barros foi o presidente da Unimed no Rio de Janeiro durante o período em que a empresa patrocinou o Fluminense entre 1999 e 2014. A parceria rendeu três títulos do Campeonato Carioca, dois do Brasileiro, uma Copa do Brasil e a melhor campanha do clube na Libertadores e Sul-Americana, sendo vice-campeão nas duas competições. Em 2016, ingressou na política do clube e disputou a eleição duas vezes. 
"Levo comigo as boas lembranças do período do patrocínio, em que fomos vice-campeões da Libertadores e Sul-Americana. Continuam sendo as melhores colocações que obtivemos nas duas competições. Relembro também do título da Copa do Brasil. Infelizmente até agora a única que conquistamos. Não poderiam faltar os dois campeonatos brasileiros, além de três títulos estaduais", recordou. 
Em 2019, Celso Barros foi o vice da chapa de Mário Bittencourt, que venceu a eleição presidencial do clube. Entretanto, uma divergência com o mandatário envolvendo a demissão do técnico Fernando Diniz, terminou no afastamento do dirigente. Na eleição deste ano, Celso apoiou o candidato da oposição Marcelo Souto, que ficou em terceiro lugar na disputa com Mário e Rafael Rolim.
Confira a carta de despedida de Celso Barros:
"Chega ao final o mandato para o qual fui eleito, como vice-presidente geral, na chapa encabeçada pelo atual presidente reeleito.

Como todos sabem, não pude exercer a função acordada entre nós, que seria a de coordenador do futebol, pois fui vítima de uma atitude moleque cometida comigo, pelo presidente.

Em relação a esses três anos e meio no futebol, nenhuma conquista relevante, a não ser um carioquinha, que virou até livro.

Tivemos boas participações nos brasileiros, que nos levaram as competições sul americanas, onde o nosso desempenho foi sofrível.

Não vou me alongar falando de contratações e vendas, nem de relações com empresários, que são do conhecimento de todos.

Quanto às questões econômicas e financeiras do clube, existem evidências que elas são bem ruins.

Creio que será necessário se discutir todos os novos modelos vigentes (SAF e outros), envolvendo os sócios e torcedores.

Portanto, estou de alguma forma me afastando de uma vida política mais ativa do Fluminense.

Levo comigo as boas lembranças do período do patrocínio, em que fomos vice campeões da Libertadores e Sul Americana, em 2008 e 2009. Continuam sendo as melhores colocações que obtivemos nas duas competições.

Relembro também do título da Copa do Brasil em 2007. Infelizmente até agora a única que conquistamos.

Não poderiam faltar os dois campeonatos brasileiros em 2010 e 2012, além de três títulos estaduais no período, mais o título desse ano, em que afinal eu ainda era o vice-presidente.

E tudo isso começou em 1999, quando o Flu estava no fundo do poço na Série C e iniciamos o patrocínio, nos sagrando campeões e depois retornamos à elite do futebol brasileiro.

Gostaria de deixar registrado os meus agradecimentos a todos aqueles que estiveram conosco durante todo este período, em momentos alegres e tristes, e a todos os torcedores tricolores que, onde quer que eu esteja, me acolhem sempre com um enorme carinho.

Desejo êxito à nova gestão e que nos próximos três anos possamos conquistar títulos importantes.

Bjs a todos!
Viva o Flu!!!"