O "ruf ruf" que sai da arquibancada a cada bola salva na defesa por Felipe Melo cresce a cada partida, assim como o prestígio dele com o torcedor do Fluminense. Após muitas críticas que recebeu desde o ano passado pela dificuldade em jogar em alto nível, o volante de 39 anos vem de uma boa sequência como titular na zaga, desde a lesão de Manoel, e se firma cada vez mais no time.
"Não nasci ou cresci jogando como zagueiro. Cada dia que passa eu aprendo mais, ganho mais confiança para sair jogando e faço um pouco melhor a leitura junto ao Nino. Eu me senti bem, como não joguei no sábado (contra o Fortaleza), poderia ter ficado os 90 minutos em campo", afirmou o jogador, que foi titular em sete dos últimos oito jogos. No outro, foi poupado.
Essa evolução tem o fator adaptação à nova função de zagueiro, mas também a melhora da questão física. Um ano após a cirurgia no joelho direito, ele conseguiu voltar à melhor forma, o que não alcançava desde que se machucou e jogou no sacrifício, na primeira partida da final do Carioca de 2022.
E o volante também contribui com uma saída de bola melhor, assim como nos lançamentos, para mudar um pouco a característica do time. Contra o River Plate, ele foi quem mais lançou: quatro vezes. Sem falar na liderança em campo, como demonstrou.