Jogadores do Coritiba são convocados a depor sobre escândalo das apostas

Atletas foram citados em planilhas de apostadores durante investigação do Ministério Público de Goiás

Alef Manga
Alef Manga -
Rio - O Ministério Público de Goiás (MP-GO) notificou nesta sexta-feira (12) os jogadores Alef Manga e Jesús Trindade, do Coritiba, para prestarem depoimento sobre o esquema de manipulação das apostas no futebol brasileiro. Os nomes dos atletas apareceram na planilhas dos apostadores durante a investigação da Operação Penalidade Máxima. 
Segundo o portal "ge", Manga e Trindade prestarão depoimento no dia 19 de maio, por videoconferência, ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Goiás. Os jogadores decidiram não se manifestar sobre o tema.
Alef Manga e Jesús Trindade tiveram seus nomes citados durante as investigações da segunda fase da Operação Penalidade Máxima. Após a notícia, o Coritiba afastou a dupla, que ficou fora do duelo contra o Vasco, na última quinta-feira, no Couto Pereira.

Entenda o caso

Nesta segunda fase da Operação Penalidade Máxima, o MP-GO denunciou 16 pessoas, entre atletas e apostadores que viraram réus no caso. Bruno Lopez, preso preventivamente, é considerado o líder da quadrilha.
Entre os jogadores, foram denunciados Eduardo Bauermann (Santos), Fernando Neto (Operário-PR hoje no São Bernardo), Gabriel Tota (do Juventude emprestado ao Ypiranga-RS), Igor Cariús (ex-Cuiabá e hoje no Sport), Matheus Gomes (Sergipe), Paulo Miranda (ex-Juventude e sem clube), Victor Ramos (ex-Portuguesa e atualmente na Chapecoense).
Eles responderão por crimes definidos pelo Estatuto de Defesa do Torcedor, cujas penas podem variar de dois a seis anos de prisão.
Outros quatro jogadores fizeram acordo e ajudaram nas investigações: Kevin Lomónaco (Bragantino), Moraes (Atlético-GO), Nikolas Farias (Novo Hamburgo-RS) e Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria). E muitos atletas foram citados nas investigações, com prints de conversas entre eles e apostadores.
Devido ao volume de nomes citados, não está descartada uma terceira fase da operação. Além disso, o Ministério da Justiça determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal para ajudar nas investigações.
Na esfera esportiva, o STJD recebeu todos os dados obtidos até o momento e prepara uma ação contra os jogadores envolvidos, que devem receber suspensão preventiva na próxima semana.