Desde que estreou pelo Botafogo, Bruno Lage parece não ter ouvido ou lido um trecho do hino do Botafogo: "Tu és o glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...". Luís Castro, compatriota do português Lage, deixou o Botafogo bem na fita no Brasileirão, numa liderança invejável que ninguém imaginava. Chegou Cláudio Caçapa, que, por quatro jogos, manteve o nível.
Hoje, o Fogão pega o Corinthians, às 20h, na Neo Química Arena, pela 24ª rodada da competição, e tropeçar não faz parte mais daquele início de roteiro arrasador do Glorioso, embora o rival esteja envolvido na semifinal da Copa Sul-Americana (joga terça-feira, em casa, o primeiro duelo contra o Fortaleza) e lute para não se aproximar mais da degola (está a 2 pontos do Bahia, primeiro time fora do Z-4, e a 3 do Santos).
O que cabe, então, a Bruno Lage? Não deixar mais a gordura derreter no Brasileirão com tropeços, como aconteceu para o Flamengo (2 a 1, em pleno Nilton Santos) e Atlético-MG (1 a 0, na Arena MRV). Aliás, depois da derrota para o arquirrival, o técnico fez um discurso completamente sem contexto, falou em pressão - como se em algum lugar do mundo não existisse e "deixou o seu cargo à disposição" -, o que gerou mal-estar nos bastidores do clube.