Faz muito tempo que os 2.850m de altitude de Quito, no Equador, assombram os tricolores. Mas para o jogo de ida de Recopa Sul-Americana, amanhã, em mais uma revanche com a LDU, o eles têm um bom motivo esbanjar otimismo: os dois principais atacantes do Fluminense, Arias e Germán Cano, se acostumaram a brilhar nas alturas em outros tempos.
Antes de virem ao Brasil, Cano e Arias se destacaram na Colômbia e, por lá, jogar milhares de metros acima do mar é comum. Arias, por exemplo, atuava no Santa Fe, e não só jogava como treinava todos os dias nos 2.640m de Bogotá. Antes, ainda atuou pelo Patriotas, sediado na cidade de Tunja, a 2.782m. Já Cano, que viveu sua melhor fase no país pelo Independiente Medellín, que manda seus jogos a apenas 1.500m, mas foi carrasco dos seus rivais até mesmo quando jogava nas alturas.
O argentino, inclusive, tem fama de carrasco do Millonarios, clube que, assim como o Santa Fe, atua na altitude de Bogotá. O rival sofreu nada menos que 10 gols de Germán Cano em 10 jogos, e sete deles foram nos 2.552m do Estádio El Campín. Já pelo Flu, o clube colombiano foi vítima do atacante mais uma vez, em vitória por 2 a 1 do Tricolor na fase de grupos da Libertadores de 2022.
Outro que tem experiência com altitude no elenco do Fluzão é o uruguaio Terans. Antes de vir para o Tricolor neste ano, o meia-atacante defendia o Pachuca, do México, que joga a 2.432m. No entanto, um dos motivos para não ter se adaptado ao país e retornado ao Brasil foi justamente o fato de jogar muito acima do nível do mar.