"Em Los Angeles, eu quero o ouro. Tenho ainda muito a construir, um longo caminho pela frente. Sabia que tinha condições de ficar com o ouro, mas entrei na luta um pouco com receio. Dava para ter sido mais agressivo, mas acabou sendo tarde", afirmou o atleta de Mogi das Cruzes (SP). "É um misto de emoção, ainda não caiu a ficha. Estou muito feliz de entrar para a história. Aprendi a confiar mais em mim, e vou seguir trabalhando para buscarmos medalha por equipes. Vamos em busca do ouro."
Apesar de ser considerado uma surpresa neste ciclo olímpico, Willian Lima vinha de dois bronzes em Grand Slams, segunda principal competição da modalidade, e outro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, quando competiu poucos dias depois do nascimento do seu filho, Dom. Em 2024, ganhou o ouro, no Rio de Janeiro, no Campeonato Pan-Americano.
Willian Lima também festejou a medalha de bronze da colega Larissa Pimenta, que foi ao pódio após derrotar a atual campeã mundial na categoria até 52 kg, a italiana Odette Giuffrida. Somos amigos desde os nove anos. Na semifinal, ela me ajudou, ficou me apoiando. Estou muito feliz por ela ter conquistado a medalha de bronze", disse.
Para alcançar o pódio, o judoca brasileiro teve de ter muito fôlego, além de superar dores no ombro que o incomodaram na competição. Essa superação só foi possível graças à natação, que pratica desde criança e o ajuda na prevenção de lesões e na expansão do fôlego.
"Eu não via a hora de chegar meu momento. Sofri tudo que precisava. Senti muita dor no ombro a partir das quartas de final. Mas estamos no caminho certo. Entreguei tudo o que podia", comentou Willian Lima, que trocou o choro pelo sorriso após receber a medalha.
"Vou dormir com ela o resto da minha vida. Depois de digerir a derrota, a gente fica muito feliz. Prometi ao meu filho que colocaria uma medalha no pescoço dele e cumpri a promessa", disse.