Russell fez uma estratégia ousada na Bélgica, apostando em apenas uma parada, e terminou na frente do heptacampeão por milésimos de segundos, segurando a forte pressão no fim. Mas a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) comunicou a Mercedes que o carro do piloto não obedecia o regulamento técnico após apresentar 1,5 quilo a menos na inspeção de pesagem.
"Temos de assumir a nossa desqualificação. Nós claramente cometemos um erro e precisamos garantir que aprendemos com isso", admitiu Toto Wolff, diretor executivo da Mercedes. "Nós iremos embora, avaliaremos o que aconteceu e entenderemos o que deu errado. Perder uma dobradinha é frustrante e só podemos pedir desculpas a George, que fez uma corrida tão forte", assumiu a culpa, em comunicado.
Apesar de admitir o erro com Russell, Wolff fez questão de frisar a evolução que a Mercedes continua apresentando após largada de temporada muito ruim na Fórmula 1. Ver seus dois pilotos, com estratégias distintas, andando na frente, é uma prova que conseguiram ajustar o carro.
"Apesar da desqualificação, há muitos pontos positivos que podemos tirar deste fim de semana. Tínhamos um carro que foi a referência na corrida de hoje em duas estratégias diferentes. Há apenas alguns meses, isso seria inconcebível", afirmou Wolff, satisfeito com o rendimento de seus dois pilotos e confiante em reta final de temporada ainda melhor.
A Fórmula 1 volta no dia 25 de agosto, para o GP da Holanda, no circuito de Park Zandvoort. Serão mais 10 provas para fechar a temporada, com a Mercedes tentando chegar ao Top 3 do Mundial de Construtores. Está com 266 pontos, atrás de Red Bull (408), McLaren (366) e Ferrari (345).
"Entramos nas férias de verão tendo vencido três das últimas quatro corridas. Vamos tentar voltar após o fechamento rejuvenescidos e com o objetivo de manter nossa trajetória positiva", concluiu o dirigente.