Operação mira golpistas que desviaram salário de Gabigol

Chefe do grupo criminoso foi preso. Outros jogadores também foram vítimas

Atualmente no Cruzeiro, Gabigol teve parte do salário desviada por golpistas
Atualmente no Cruzeiro, Gabigol teve parte do salário desviada por golpistas -
A Polícia Civil de quatro estados deflagrou nesta terça-feira (24) de manhã a operação 'Falso 9', contra golpistas que desviaram parte dos salários de jogadores de futebol, como Gabigol, e também de outras pessoas. O atacante ex-Flamengo e atualmente no Cruzeiro teve desviados R$ 938 mil, segundo a TV Globo.
Os mais de 100 policias na ação, coordenada pelas Delegacias de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e com apoio do Ciberlab, do Ministério da Justiça, cumprem 11 mandados de prisão, além de outros 22 de busca e apreensão, em cinco cidades, duas no Paraná (em Curitiba e almirante Tamandaré). As outras são em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) e Lábrea (AM).
Entre os presos está quem foi identificado como chefe da quadrilha, em Curitiba. A polícia não divulgou o nome. Outro suspeito foi detido portando documentos com dados das vítimas e cópias de carteiras de identidade falsas.

Como era o golpe dos salários de jogadores

De acordo com as investigações, o grupo criminoso abriu contas bancárias em nome dos jogadores, utilizando documentos falsos. Depois, fizeram o pedido de portabilidade para que os salários fossem transferidos para essas contas.
Além de Gabigol, Kannemann, zagueiro do Grêmio, também foi uma das vítimas, que ainda serão identificadas. Já o banco alvo do golpe, segundo a polícia, ressarciu todos que foram afetados, após identificar movimentações suspeitas e fazer a denúncia.
A recuperação do dinheiro é difícil, porque os golpistas rapidamente sacaram ou transferiram para terceiros que moram em Porto Velho e Curitiba os valores que entraram nas contas.
Segundo o delegado Thiago Lima, de Curitiba somente R$ 135 mil foram recuperados nesta manhã, de um total de R$ 1,2 milhão.
Os suspeitos de fazer parte desse grupo criminoso podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa.