Botafogo deixa escapar vitória no fim e fica no empate com Athletico-PR

Vacilo. Por definição, segundo o dicionário, é a ação ou efeito de vacilar, de hesitar; indecisão. E o Botafogo já mostrou neste começo de Campeonato Brasileiro que está afinadíssimo com o conceito. Na tarde desta quarta-feira, na Arena da Baixada, o time saiu na frente do Athletico Paranaense, mas deu mole (de novo!) e sofreu o empate quase no final da partida: 1 a 1. 

Essa foi a terceira vez na competição que os comandados do técnico Paulo Autuori deixam escapar dois pontos preciosos no apagar das luzes. Antes, o time já tinha vacilado contra o Flamengo (sofreu o empate aos 55 da etapa final — pênalti convertido por Gabigol) e contra o Corinthians, no final de semana passado, no 2 a 2 no Itaquerão (gol de Jô).

Victor Luis, de pênalti, e Ravanelli marcaram os gols da partida, ambos no segundo tempo. E o resultado só não foi pior porque nos acréscimos, aos 50 minutos do segundo tempo, Geuvânio, também em cobrança de penalidade, acertou o travessão. O Alvinegro chegou aos nove pontos na Série e na 10ª rodada, no próximo domingo, faz o clássico com o Vasco, no Estádio Nilton Santos.

Sem o japonês Honda, poupado, Gatito Fernandez, Luis Henrique e Pedro Raul, todos lesionados, o Glorioso foi presa fácil para o Furacão durante os primeiros dez minutos de jogo. Os donos da casa só não saíram na frente por causa de uma defesa espetacular de Diego Cavalieri em chute rasteiro de Fabinho. Aos poucos, o time colocou os nervos no lugar e equilibrou um pouco o confronto. Bruno Nazário, que reencontrou o seu ex-clube, até marcou um gol, mas a jogada foi corretamente anulada pelo Árbitro de Vídeo.

Na segunda etapa, com o maior desgaste do Athletico, o Botafogo colocou as mangas de fora. Criou mais espaços, ficou mais com a bola, mas teve dificuldades para penetrar na defesa adversária. Quando Kalou foi substituído por Rhuan, o ataque alvinegro ganhou mais vida. E foi nele que o árbitro assinalou a penalidade depois da entrada dura de Alvorado. Victor Luis, que voltou a atuar nesta quarta depois de retirar o apêndice, abriu os trabalhos.

Mas lembram do conceito de vacilação? O Botafogo o colocou em prática aos 43 minutos, quando a zaga deu bobeira e Ravanelli, que carrega o sobrenome de um ex-craque italiano, deixou tudo igual. No fim, as coisas só não foram pior porque Nikão, também de pênalti, mandou no travessão a chance de vitória do Furacão.