Alô, Zico? Flamengo tem ausência de camisas 10 clássicos, e Gerson deve ser improvisado

O ditado 'jogar nas onze' nasceu do futebol e se tornou comum na boca do brasileiro. Significa um sujeito que 'se vira nos 30'. Gerson, meio-campo do Flamengo, vai precisar ser esse cara. O camisa 15 foi contratado para fazer a função de segundo volante: aquele que busca a bola na defesa e carrega até o ataque. Mas, com as lesões de Arrascaeta, Diego e Everton Ribeiro, o Flamengo ficou sem nenhum camisa 10. Vai ser preciso colocá-la em Gerson no clássico de amanhã, contra o Botafogo, às 16h, no Maracanã.

A função do camisa 10 é fundamental para o esquema de Jorge Jesus. Os times treinados pelo português costumam priorizar as jogadas pelo meio, não tanto pelas pontas. Além disso, Jesus gosta de atuar com dois atacantes — Bruno Henrique e Gabigol —, e eles precisam ser municiados. A questão que justamente não há ninguém para fazer essa função. Gerson, que já foi titular em dois jogos (Corinthians e Emelec), provavelmente será improvisado.

O clássico contra o Botafogo vai ser um experimento para quarta-feira, contra o Emelec, pela Libertadores. Jesus enfrenta um problema grave: quatro jogadores estão lesionados. Diego, o homem da armação, fraturou o osso do tornozelo esquerdo, passou por cirurgia e ficará o restante da temporada fora. Vitinho tem um estiramento no joelho esquerdo e não tem prazo para voltar.

Everton Ribeiro teve uma lesão óssea no pé esquerdo. Ele vive a expectativa de jogar na quarta-feira, mas não será fácil. Arrascaeta, com lesão na coxa direita, também corre contra o tempo para voltar.