Torcida do Flamengo prefere outro estrangeiro para dirigir o time

Mal-acostumados ao milagre da multiplicação das taças promovido pelo técnico Jorge Jesus no Flamengo — foram cinco durante a passagem de pouco mais de um ano (Campeonato Brasileiro, Libertadores da América, Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil, Taça Guanabara e Campeonato Carioca) —, a Nação agora clama aos deuses do futebol que outro milagreiro desça dos céus no Ninho do Urubu.

Desde que o Mister retornou ao Benfica, de Portugal, a diretoria rubro-negra se movimenta na busca por um nome que mantenha o altíssimo nível de atuação do time. E opções não faltam. Mas qual será a preferência dos torcedores, um brasileiro ou outro estrangeiro? O MEIA HORA, claro, foi às ruas ouvir a voz do povo.

No ainda não tão movimentado Largo da Carioca, no Centro do Rio, o comerciante Marlon da Silva Gonçalves, de 27 anos, tem a resposta na ponta da lingua. "Eu queria ver o Sampaoli com esse time. Ele tem a cara do Mengão, é meio maluco, mas tem talento. Os técnicos estrangeiros não querem saber se os jogadores ganham R$ 500 mil por mês, eles colocam os caras para jogar. Não tem essa de poupar, de fazer rodízio", destacou.

Porém, se dependesse da vontade do também comerciante Alexandre Oliveira, de 39 anos, a solução seria caseira e muito conhecida dos flamenguistas. "Prefiro o Renato Gaúcho. Na minha opinião, é o melhor técnico do Brasil depois do Jorge Jesus. Além de ter DNA rubro-negro, ele já foi jogador e conhece os caminhos para as vitórias. Treinador do Flamengo tem que ser ousado e inteligente. Se der esse time na mão do Renato, o time vai continuar faturando todos os títulos", decretou.

Opinião contrária tem João Alef, de 26 anos, que não considera o comandante do Grêmio como a melhor alternativa. "O Renato Gaúcho falou muito na Libertadores e tomou de cinco. Técnico brasileiro é tudo zoado. O time é bom, mas acho que após a saída do Jesus a tendência é cair de produção. Eu apostaria em outro gringo, queria o português Leonardo Jardim, mas esse já disse que não vem".

Apressado para organizar os produtos para mais um dia de trabalho, Claudio Nascimento, de 48 anos, entende que a filosofia de trabalho de Jorge Jesus é a receita de sucesso do Flamengo. Para ele, os técnicos brasileiros ficaram obsoletos. "Não é a maioria, claro, mas o brasileiro é preguiçoso. O Jesus veio aqui para trabalhar e vencer, não abriu espaço para vaidades. Deu esporro nos medalhões quando teve que dar na frente das câmeras e mesmo assim o time se fechou com ele, sem mimimi".