Mais Lidas

Flamengo perde para o Furacão e não depende mais de si para ser campeão

Derrota por 2 a 1, na Arena da Baixada, é marcada pela apatia e falta de ousadia do treinador na reta final do Brasileiro

Com a efetivação de Willian Arão na defesa, Diego ganhou a vaga no meio e foi um dos mais lúcidos em campo contra o Furacão
Com a efetivação de Willian Arão na defesa, Diego ganhou a vaga no meio e foi um dos mais lúcidos em campo contra o Furacão -
Curitiba - Fiel ao pragmático estilo, Rogério Ceni frustrou os planos do torcedor rubro-negro na Arena da Baixada. Não apenas pela derrota para o Athletico-PR, por 2 a 1, neste domingo, mas pela falta de ousadia na reta final num momento de definição do Campeonato Brasileiro. Não foi em Curitiba que a dupla Gabigol e Pedro foi colocada em ação. Com Bruno Henrique, suspenso, o substituto Vitinho foi o retrato da falta de ambição do Flamengo na corrida pelo título. Com o tropeço, o Rubro-Negro, com 55 pontos, não depende mais de si para ser campeão. Com a vitória sobre o Grêmio, por 2 a 1, de virada, o Inter abriu sete pontos de vantagem na ponta.  
Embalado pelas vitórias sobre Goiás e Palmeiras, o Flamengo, definitivamente de volta à briga pelo título, tomou a iniciativa em Curitiba. Com a marcação adiantada, pressionou a saída de bola e chegou a quase 70% de posse de bola num pequeno 'déjà vu' do estilo adotado pelo técnico Jorge Jesus no mágico ano de 2019. Mas a versão de Rogério Ceni pouco lembrou a 'fome' de atacar.
Na ausência de Bruno Henrique, suspenso, Gabigol sentiu a solidão no comando de ataque. Escolhido para substituir o camisa 27, Vitinho não correspondeu. Mal, errou quase tudo que tentou. Fora de sintonia, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta sobrecarregaram Diego na dupla função de volante e armador.
Na disputa de uma vaga na Libertadores, o Furacão foi perigoso quando encaixou o contra-ataque e Hugo Souza cresceu. Foram quatro boas defesas no primeiro tempo. O goleiro só foi vencido pelo bela finalização de Abner, livre de marcação, aos 24 minutos. A resposta do Flamengo veio pelo alto. Contestado, Gustavo Henrique, que substituiu Rodrigo Caio, machucado, explorou a estatura de 1,94m para empatar de cabeça, aos 33.
Após os 'presentes' recebidos nas duas rodadas, por méritos próprios e tropeços dos correntes diretos, a impressão ao fim do primeiro tempo foi de que faltou 'apetite' ao Flamengo. À moda Ceni, conservador, o Rubro-Negro voltou com a mesma formação para o segundo tempo. Quando o treinador chamou Pepê e Pedro, o torcedor certamente se animou com a chance de ver o camisa 21 ao lado de Gabigol. A decepção foi grande quando o artilheiro rubro-negro foi sacado. Pepê entrou no lugar do apagado Everton Ribeiro e não mudou o apático panorama ofensivo.
Oito minutos após sacar Gabigol, Rogério Ceni substituiu Arrascaeta pelo centroavante Rodrigo Muniz, o que gerou muita reclamação da torcida nas redes sociais, incoformada com a recusa do treinador de escalar o camisa 9 ao lado de Pedro. O castigo pela falta de apetite aconteceu com o gol de Renato Kayser, aos 37 minutos.
ATHLETICO-PR X FLAMENGO

Athletico-PR: Santos, Jonathan, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Richard, Christian (Alvarado) e Canesin (Jadson); Carlos Eduardo (Vitinho), Nikão e Renato Kayzer. Técnico: Paulo Autuori
Flamengo: Hugo Souza, Isla (Matheuzinho), Gustavo Henrique, Willian Arão e Filipe Luís; Diego, Gerson, Everton Ribeiro (Pepê) e Arrascaeta (Rodrigo Muniz); Vitinho (Michael) e Gabigol (Pedro). Técnico: Rogério Ceni

Local: Arena da Baixada, Curitiba
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Gols:  1º tempo - Abner (24 minutos) e Gustavo Henrique (33 minutos). 2º tempo - Renato Kayser (43 minutos)
Cartões amarelos: Jonathan e Nikão 
Público: Jogo com os portões fechados