Flamengo repudia acusação de adulterar cena de incêndio no Ninho do Urubu: 'Mentirosa e irresponsável'

Rubro-Negro apresentou troca de mensagens que contraria afirmações de engenheiro

Incêndio no Ninho do Urubu matou dez meninos da base em fevereiro de 2019
Incêndio no Ninho do Urubu matou dez meninos da base em fevereiro de 2019 -
Rio - O Flamengo apresentou troca de mensagens que contraria a acusação de adulteração ao cenário do incêndio no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. O clube definiu como "falsas" as declarações feitas em entrevista ao "Uol" pelo engenheiro José Augusto Bezerra, contratado pelo Rubro-Negro para realizar um laudo independente no local do crime.
Em nota publicada neste sábado (11), o Flamengo alegou que José Augusto não falou a verdade ao dizer que recebeu uma ligação do CEO do clube, Reinaldo Belotti, no dia 8 de fevereiro, para ir ao Ninho do Urubu no dia seguinte realizar um laudo do local incendiado e que matou dez meninos da base. Isso porque, o engenheiro só foi inserido na questão e apresentado ao representante Rubro-Negro no dia 11 de fevereiro.
Mensagens mostram que primeiro contato do Flamengo com o engenheiro só poderia ter acontecido a partir do dia 11 de fevereiro - Foto: Reprodução/Flamengo
Mensagens mostram que primeiro contato do Flamengo com o engenheiro só poderia ter acontecido a partir do dia 11 de fevereiroFoto: Reprodução/Flamengo
Depois de concluir que o engenheiro "sequer existia para o Flamengo antes do dia 11 de fevereiro", o Rubro-Negro também questionou a data, de 14 de fevereiro, do e-mail enviado por José Augusto para Reinaldo Belotti, solicitando o agendamento de uma "reunião inicial".
O Flamengo ainda diz que, no relatório apresentado pelo próprio clube e conforme foi informado por José Augusto, a primeira visita do engenheiro ao CT se deu somente no dia 19 de fevereiro. Portanto, não existiria registro algum de que ele teria ido ao local em data anterior.
Outro fator apontado pelo Rubro-Negro foi que José Augusto afirmou que, no dia 10 de fevereiro, os fios foram arrancados supostamente por um funcionário a mando de Reinaldo Belotti. Ao contrário disso, segundo o relatório, a inspeção foi feita apenas no dia 19 de fevereiro, o que teria revelado a "patente mentira" e de que "nada foi arrancado".
Ao concluir a nota, o Flamengo reforça que o laudo oficial da Justiça menciona expressamente a existência dos fios com emendas e torções. E que a acusação de adulteração só causa danos à imagem do clube e à honra do CEO Reinaldo Belotti.
"Verifica-se, consequentemente, que não houve nenhuma ocultação de provas ou adulteração de cena, visto que o próprio Laudo Pericial elaborado pela Polícia Civil expressamente menciona a existência dos fios que, nas mentiras do Sr. José Augusto Bezerra, teriam sido retirados.

Note-se que o Laudo Pericial do Instituto de Criminalística Carlos Édoli (ICCE), mesmo narrando a existência dos fios com emendas e torções, concluiu que a causa do incêndio partiu de um problema no interior do aparelho de ar-condicionado", finaliza o clube.
Laudo concluiu que a causa do incêndio partiu de um problema no interior do aparelho de ar-condicionado - Foto: Reprodução/Flamengo
Laudo concluiu que a causa do incêndio partiu de um problema no interior do aparelho de ar-condicionadoFoto: Reprodução/Flamengo
Mensagens mostram que primeiro contato do Flamengo com o engenheiro só poderia ter acontecido a partir do dia 11 de fevereiro
Mensagens mostram que primeiro contato do Flamengo com o engenheiro só poderia ter acontecido a partir do dia 11 de fevereiro Foto: Reprodução/Flamengo
Laudo concluiu que a causa do incêndio partiu de um problema no interior do aparelho de ar-condicionado
Laudo concluiu que a causa do incêndio partiu de um problema no interior do aparelho de ar-condicionado Foto: Reprodução/Flamengo