Jogadores do Flamengo assistem palestra de senador sobre MP das apostas esportivas

Carlos Portinho (PL-RJ) esteve no Ninho do Urubu nesta segunda-feira (15) e conversou com os atletas por 20 minutos

Senador Carlos Portinho (PL-RJ)
Senador Carlos Portinho (PL-RJ) -
Rio - De olho na Operação Penalidade Máxima, que tem descoberto casos de manipulação no futebol para lucro com apostas esportivas, o Flamengo decidiu promover uma palestra para seus jogadores. A convite do clube, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) esteve no Ninho do Urubu na manhã desta segunda-feira (15) para falar sobre o assunto com os atletas. A informação é do "ge".
Segundo o portal, o papo de Portinho com o elenco rubro-negro durou aproximadamente 20 minutos. Neste período, o senador explicou detalhes da medida provisória que regulamentará, nos próximos dias, o setor de apostas esportivas no Brasil.
Carlos Portinho é um velho conhecido do Flamengo. O senador ocupou o cargo de vice-presidente jurídico do clube em 2002 e já atuou como atleta do Rubro-Negro. Atua no direito esportivo e foi o relator da lei que regulamentou a criação das SAFs (Sociedade Anônima do Futebol).

Entenda o caso

Nesta segunda fase da Operação Penalidade Máxima, o MP-GO denunciou 16 pessoas, entre atletas e apostadores que viraram réus no caso. Bruno Lopez, preso preventivamente, é considerado o líder da quadrilha.
Entre os jogadores, foram denunciados Eduardo Bauermann (Santos), Fernando Neto (Operário-PR hoje no São Bernardo), Gabriel Tota (do Juventude emprestado ao Ypiranga-RS), Igor Cariús (ex-Cuiabá e hoje no Sport), Matheus Gomes (Sergipe), Paulo Miranda (ex-Juventude e sem clube), Vitor Ramos (ex-Portuguesa e atualmente na Chapecoense).
Eles responderão por crimes definidos pelo Estatuto de Defesa do Torcedor, cujas penas podem variar de dois a seis anos de prisão.
Outros quatro jogadores fizeram acordo e ajudaram nas investigações: Kevin Lomónaco (Bragantino), Moraes (Atlético-GO), Nikolas Farias (Novo Hamburgo-RS) e Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria). E muitos atletas foram citados nas investigações, com prints de conversas entre eles e apostadores.
Devido ao volume de nomes citados, não está descartada uma terceira fase da operação. Além disso, o Ministério da Justiça determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal para ajudar nas investigações.
Na esfera esportiva, o STJD recebeu todos os dados obtidos até o momento e prepara uma ação contra os jogadores envolvidos, que devem receber suspensão preventiva na próxima semana.