A qualidade técnica de Paulo Henrique Ganso não foi questionada quando o Fluminense anunciou a contratação. O ponto de interrogação que pairava na torcida tricolor era se o jogador, que havia tempos não vivia uma boa fase e estava em um time modesto da França, iria render o esperado. Mas, ao que parece, o camisa 10 vai bem, obrigado, e a tendência é só melhorar. A vitória do Fluminense domingo, contra a Cabofriense, por 2 a 0, foi a prova de que Ganso deu uma nova cara ao time do técnico Fernando Diniz.
Se o torcedor mais desligado comparar as goleadas do início do ano com os resultados de agora, vai achar que o time piorou. Não é bem assim. O Fluminense tem trocado mais passes em direção ao gol, diferentemente do início da jornada de Diniz, quando o treinador até conseguiu implementar a posse de bola, mas o time era pouco incisivo — um 'arame liso', na gíria do futebol. Com Ganso, o meio-campo passou a jogar de maneira mais dinâmica, já que uma das especialidades do jogador é o lançamento. Contra a Cabofriense, o camisa 10 deu pelo menos quatro passes para finalização. Um deles terminou em assistência para o gol de Luciano. Outra mudança importante na equipe foi a mudança do próprio Luciano, que saiu da posição de centroavante e passou a ajudar na armação.
Ganso não é o líder em passes pelo Fluminense, afinal tem apenas quatro jogos, mas sua importância para o time já é vista em números. Segundo o site Footstats, ele tem 216 passes certos e apenas 21 errados. Uma média de 91% de acerto. Ele soma um gol e uma assistência nas quatro partidas.
O primeiro grande desafio de Ganso será no clássico com o Botafogo, domingo, no Maracanã. Antes, o Fluminense joga contra o Boavista, quinta-feira, em Bacaxá. O time lidera o Grupo A, com sete pontos.