Tricolor dá mole e levanta defunto

Está para ser inventado um remédio para insônia melhor que a derrota por 1 a 0 do Fluminense para o Grêmio, ontem, no Maracanã. Em plena noite de sábado, quem teve que ser guerreiro desta vez não foi o time, mas sim o torcedor que aguentou os 90 minutos sem cair no sono ou procurar algo melhor para fazer. E quem conseguiu foi castigado ao ver o gol de Pinares, de pênalti, no apagar das luzes.

Com time reserva de olho no jogo de volta das oitavas da Libertadores, terça, contra o Cerro Porteño, também no Maraca, Roger Machado levou a campo um time repleto de reservas. Apático, o mistão pouco atacou o então lanterna, que ainda não tinha vencido no Brasileirão, e perdeu a chance de botar o Tricolor no G-6.

O preço do capricho do treinador foi um jogo de muita correria e nenhuma criatividade dos dois lados. Ele até tentou corrigir perto do fim e promoveu a entrada de alguns titulares, como Gabriel Teixeira e Yago Felipe, mas não deu tempo o time encaixar. Apesar de ter mais posse de bola, a melhor chance da equipe foi uma cabeçada na trave de Luccas Claro no início do segundo tempo.

Após quase dois tempos inteiros de pura monotonia, o momento de maior emoção só aconteceu aos 44 da etapa final. Calegari deu mole e, sem querer, derrubou Alysson dentro da área. Pênalti para o Grêmio, convertido por Pinares para decretar a primeira vitória do time gaúcho no Brasileirão.

Agora, com um tropeço nas costas, o Fluzão pode virar a chave para a Libertadores.