Além da derrota por 4 a 2 para o Fortaleza, o Fluminense tem mais motivos para lamentar a tarde muito ruim no sábado (29). Com a atuação do time misto, o técnico Fernando Diniz se viu obrigado a colocar titulares no segundo tempo, o que impediu de dar mais descanso às principais peças do elenco, num planejamento que não funcionou por completo.
Em meio à maratona de jogos e de viagens - Belém e Fortaleza nesta semana - antes do duelo de terça-feira (2) contra os argentinos do River Plate no Maracanã, a comissão técnica fez uma aposta. Mesmo com vantagem de 3 a 0 na Copa do Brasil, o Fluminense utilizou todos os titulares contra o Paysandu, durante a semana, e poupou Arias, Cano, Ganso, Keno Samuel Xavier e Felipe Melo contra o Fortaleza.
O motivo para essa opção é que, por ser um jogo de mata-mata, não seria bom arriscar, mesmo com a boa vantagem. Só que o planejamento não funcionou a partir do momento que os reservas que entraram contra o Fortaleza não deram conta do recado e quatro poupados tiveram que atuar no segundo tempo, aumentando o desgaste.
E assim, Ganso e Arias ficaram em campo 103 minutos (mais os acréscimos) nos dois últimos jogos (Paysandu e Fortaleza). Keno jogou 116, e Cano foi quem menos atuou dos quatro: 95 minutos.
Sobre a atuação ruim contra o Fortaleza, o técnico Fernando Diniz não considerou que o maior problema foi o time misto.
"Não foi a questão das trocas de jogadores. Não foi isso o que mais pesou. A gente jogou com menos concentração do que devia, com menos dedicação no retorno defensivo e errando muito mais na questão do passe", avaliou o treinador.