Rio - O Fluminense apresentou nesta segunda-feira (8), durante reunião do Conselho Deliberativo, na sede das Laranjeiras, a proposta recebida para virar SAF, no valor de R$ 6,9 bilhões em até dez anos. O documento chegou por meio de Carlos de Barros, sócio da Lazuli Partners e LZ Sports. O encontro também contou com o sócio responsável pela área de Fusões e Aquisições do BTG Pactual, Alessandro Farkuh.
Próximos passos
Para o Fluminense virar SAF, o processo exige uma mudança no estatuto, que deverá ser aprovado primeiro pelo Conselho Deliberativo, para que depois aconteça uma Assembleia Geral com os sócios para aprovar ou não a mudança. Não haverá votação antes das eleições do clube, que acontecerá na segunda quinzena de novembro. Matheus Montenegro, atual vice de Mário Bittencourt, será o candidato da situação, enquanto Adhemar Arrais, Celso Barros, Luis Monteagudo e Ricardo Mazella são os pré-candidatos da oposição.
Com a proposta em mãos, o próximo passo é a criação da comissão interna e externa para análise da mesma. Haverá, pelo menos, três reuniões para debater os termos. Após conclusão da negociação com os investidores, serão submetidos ao Conselho Deliberativo os documentos finais da transação. Somente se aprovada haverá a assinatura do acordo, antes da convocação da Assembleia Geral com os sócios.
Proposta
A LZ Sports ofereceu R$1.131.000.000,00 (um bilhão, cento e trinta e um milhões de reais) por 65,8% das ações da SAF do Fluminense, associação ficará com 34,2%. O grupo fará um aporte de R$ 500 milhões e assumirá a dívida de R$ 871 milhões. Por fim, o investidor prevê um investimento de R$ 6,4 bilhões no período de dez anos.
O investimento prevê R$ 4,7 bilhões destinados a folha salarial e comissão técnica, R$ 1,1 bilhão para aquisições de atletas, R$ 359 milhões no desenvolvimento e formação de jogadores, além de 84 milhões para melhorias no CT Carlos Castilho e Xerém. Por fim, a associação teria direito a um royaltie de R$ 143 milhões.
Governança da SAF
Se aprovada, a SAF do Fluminense terá um Conselho de Administração formado por oito membros, entre eles seis pela LZ Sports, incluindo o CEO da SAF, além de 2 membros indicados pela associação. A diretoria será composta por Diretor Presidente (CEO), Diretor Financeiro (CFO), Diretor de Futebol, Diretor Jurídico e Diretor Comercial.
O grupo de tricolores dispostos a comprar a SAF conta com o controlador do banco BTG Pactual, André Esteves. Ele deve ser o maior cotista. Além dele, fazem parte do grupo de torcedores: o diretor-geral da Frescatto, Thiago De Luca; o co-fundador do Absoluto Partners, José Zitelmann; e integrantes da família Almeida Braga, da Icatu Seguros.
Todos investidores
Família Almeida Braga — ligada a seguradoras (Atlântica, Bradesco Seguros)
Família Klabin — ligada a empresas de papel e celulose
Família De Luca — ligada a Frescatto, ramo de frutos do mar
Família Zitelmann — membro do comitê executivo da BTG Pactual
Família Esteves — membro do comitê executivo da BTG Pactual
Família Dantas — ligado a gestão de fundos
Família Paes — membro do comitê executivo da BTG Pactual
Família Tadeu — ligado a Ambev, empresa do ramo de bebidas
Família Monteiro de Carvalho — ligados ao grupo Monteiro Aranha
Grupo Apex — empresa de investimento do Espírito Santo
Heráclito de Brito Gomes Junior — ligado a Rede D'Or, do ramo hospitalar
Família Hallack — ligado a empreiteira Camargo Correia
Família Klabin — ligada a empresas de papel e celulose
Família De Luca — ligada a Frescatto, ramo de frutos do mar
Família Zitelmann — membro do comitê executivo da BTG Pactual
Família Esteves — membro do comitê executivo da BTG Pactual
Família Dantas — ligado a gestão de fundos
Família Paes — membro do comitê executivo da BTG Pactual
Família Tadeu — ligado a Ambev, empresa do ramo de bebidas
Família Monteiro de Carvalho — ligados ao grupo Monteiro Aranha
Grupo Apex — empresa de investimento do Espírito Santo
Heráclito de Brito Gomes Junior — ligado a Rede D'Or, do ramo hospitalar
Família Hallack — ligado a empreiteira Camargo Correia

