O clássico entre Vasco e Fluminense, às 16h deste sábado, coloca frente a frente dois atacantes veteranos com trajetórias semelhantes. Afinal, tanto Pablo Vegetti quanto Germán Cano só se consolidaram e viraram referências técnicas em seus clubes após os 30 anos de idade. Claro, além disso, têm em comum o fato de serem argentinos e de terem escolhido o Cruz-Maltino como primeira camisa no Brasil.
Esta será a primeira vez em que ambos se cruzam em campo. Quando deixou o Colón, em 2011, Cano não defendeu mais nenhum time em seu país. À essa altura, inclusive, Vegetti nem era jogador profissional. O centroavante tem uma história incomum e só ganhou a primeira oportunidade em 2012, aos 23 anos, pelo pequeno Villa San Carlos, que disputava o equivalente à Terceira Divisão.
BRILHO TARDIO
Quando chegou ao Belgrano, há quatro temporadas, é que o atacante passou a fazer muitos gols e virou ídolo. Tanto que garantiu a artilharia do último Campeonato Argentino. Já Cano teve boa média pelo Independiente Medellín, em 2014, porém, depois não deixou saudades no futebol mexicano, onde chegou sob altas expectativas. Foi mesmo no time colombiano que voltou a brilhar, entre 2018 e 2020, quando anotou impressionantes 35 gols em 39 partidas, chamando assim a atenção do Vasco.
“Cano é um goleador impressionante, que se destacou muito aqui, agora no Fluminense. Vou tentar seguir o seu caminho da melhor maneira que eu puder e dar muitas alegrias aos torcedores do Vasco”, disse Vegetti, em sua apresentação, no início de agosto.
PIRATA VS. ‘FAZ O L’
Outro fato que os liga é a comemoração dos gols. Enquanto Vegetti põe a mão no rosto para imitar um pirata, em referência ao Belgrano, a fera das Laranjeiras virou mania entre os tricolores com o “L”, em homenagem ao filho Lorenzo. Algo, aliás, que já fazia em São Januário e que agora tem um novo motivo: a filha.
Apesar de terem características diferentes, o vascaíno e o tricolor se notabilizam por serem artilheiros letais, com um toque só na bola. Com 1.88m, Vegetti é fortíssimo na bola áerea e, além de já ter marcado um gol assim em sua estreia (fez outros dois de pênalti), ganha a maioria dos duelos pelo alto. Por sua vez, Cano tem 1.74m e se notabiliza pelo ótimo posicionamento e chute forte com o pé direito.
O artilheiro do Fluminense não só vive a melhor fase da longa carreira, como é o maior goleador do mundo em 2023 no momento. Está à frente, portanto, de nomes como Haaland, do Manchester City, e Mbappé, do PSG, e Cristiano Ronaldo, do Al Nassr. E ainda tem uma semifinal de Libertadores pela frente, de olho em se consagrar ainda mais como ídolo do clube.
O rival deste sábado, no entanto, ainda batalha para ter estatísticas desse nível e segue os passos do compatriota. Primeiro, com o objetivo de tirar o Vasco da zona de rebaixamento do Brasileirão. A razão para topar o desafio, aliás, é a mesma:
“Eu precisava dar um passo adiante, uma mudança de vida e de carreira. Foi muito motivante depois de estar muito tempo em um clube (Belgrano), mas estou convencido de que foi a melhor decisão. Os torcedores também entenderam assim, me demonstraram muito carinho nas redes sociais. Gostaria de sair de uma outra maneira, mas tenho que aceitar que as coisas são assim. Internamente eu precisava sair dessa comodidade para dar um passo adiante e seguir crescendo”, definiu Vegetti.
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