Bruno Henrique pediu para não ser ouvido pela Polícia Federal

O jogador optou por não comparecer ao depoimento, o que é permitido ao investigado nesta fase da averiguação

Bruno Henrique pediu para não ser ouvido pela Polícia Federal; entenda o caso
Bruno Henrique pediu para não ser ouvido pela Polícia Federal; entenda o caso -

Antes de ser indiciado, Bruno Henrique, do Flamengo, seria ouvido pela Polícia Federal no âmbito da investigação sobre uma possível participação em um esquema de manipulação de apostas. No entanto, o jogador optou por não comparecer ao depoimento, o que é permitido ao investigado nesta fase da averiguação. A informação é do portal “Metrópoles”.

Este depoimento aconteceria no dia 1º de abril, às 15h (de Brasília), sendo a última fase para que a PF concluísse a investigação sobre o envolvimento do atacante, que teria forçado um cartão amarelo no jogo contra o Santos pelo Brasileirão de 2023, em Brasília.

Na ocasião, o órgão pretendia questionar o jogador sobre as mensagens encontradas no celular de seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, sobre beneficiar os apostadores. A acusação imputa ao atleta os crimes de fraude em competição esportiva — com base na Lei Geral do Esporte —, que pode levar a até seis anos de prisão, e estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos.

De acordo com o documento, o atacante teria compromissos de manhã com o elenco no Ninho do Urubu. Além disso, na parte da tarde, passaria por um tratamento com o Departamento Médico. A defesa do atleta, então, solicitou que não fosse marcada uma nova data para o depoimento.

O elenco rubro-negro embarcou para a Venezuela no dia seguinte para a estreia na Libertadores. Os investigadores entenderam a alegação de Bruno Henrique, porém indicam que ele perdeu a chance de se manifestar de maneira formal antes do inquérito.

Por outro lado, a Polícia Federal ouviu os outros investigados, incluindo o irmão do atacante. No entanto, optaram por permanecer em silêncio nos depoimentos. Assim, o órgão segue com as investigações sobre o possível esquema e dos outros nomes que têm relação com o irmão do atleta.

Entenda o caso de Bruno Henrique

A Polícia Federal indiciou, na última terça-feira (15), Bruno Henrique, do Flamengo, por supostamente ter forçado um cartão amarelo em jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, e beneficiar apostadores. Nesse sentido, o relatório da investigação conta com 84 páginas e foi entregue à Justiça esta semana.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) informou que deve apresentar a denúncia formal, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, contra o atleta até o fim de abril ou início de maio. Caberá à Justiça decidir se aceita a acusação e transforma o jogador em réu.

A PF também indiciou o irmão do atleta, Wander, a cunhada Ludmylla Araújo Lima, a prima de BH, Poliana Ester Nunes Cardoso. Outros seis amigos próximos do irmão também estão sob investigação: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.

Por fim, o Flamengo informou, por meio de nota, que ainda não recebeu notificação oficial das autoridades e reforçou a defesa da presunção de inocência.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads,  Twitter, Instagram e Facebook.