Renato Paiva explica estratégia idealizada para titularidade de Danilo Barbosa no Botafogo

Renato Paiva explica estratégia idealizada para titularidade de Danilo Barbosa no Botafogo
Renato Paiva explica estratégia idealizada para titularidade de Danilo Barbosa no Botafogo -

A escolha por Danilo Barbosa na escalação inicial provocou críticas às decisões de Renato Paiva após a eliminação do Botafogo na Copa do Mundo de Clubes. Escolhido para substituir Gregore, o técnico se baseou em uma das estatísticas mais preocupantes do Palmeiras para defini-lo como titular.

“Analisamos o Palmeiras e vimos que era a terceira equipe que mais cruzava bolas na área. Quando cruzam, colocam três ou quatro jogadores na zona de finalização. Escalei o Danilo justamente para tentar neutralizar esse tipo de jogada”.

O treinador detalhou que a escolha não teve relação com surpresa tática. Segundo ele, Abel Ferreira repetiu padrões já identificados: “É um time compacto, que disputa muito fisicamente. Sabia que usariam bolas diagonais no Estêvão para explorar o um contra um”.

Estratégia defensiva

No duelo realizado no sábado (28), na Filadélfia, o Alvinegro manteve uma postura excessivamente defensiva. Ainda que tenha atuado com três volantes, como nas partidas anteriores contra PSG e Atlético de Madrid, o time apresentou um desempenho bem aquém do esperado.

“Eu quero um Botafogo mais equilibrado. Falta um pouco de controle de posse”, projetou Paiva antes do confronto contra o Palmeiras.

Em campo, contudo, a equipe priorizou destruir as jogadas do adversário, sem apresentar controle sobre o ritmo do jogo. Allan e Marlon Freitas recuaram com frequência para buscar a bola junto à zaga, o que enfraqueceu a transição ofensiva. O time perdeu presença no meio-campo, e as ações ofensivas ficaram concentradas nas laterais, sem efetividade nas finalizações.

Crítica ao comportamento

A única fase em que o Alvinegro tentou ser mais ofensivo ocorreu após o gol do Palmeiras na prorrogação. O time pressionou nos últimos 15 minutos, porém não converteu as investidas em chances reais.

“Tentamos fazer em 15 minutos o que não construímos em 105. Era tarde”, observou o próprio treinador na análise pós-jogo.

Paiva admitiu que, em momentos específicos, o plano de jogo até funcionou, mas frisou que o Alvinegro falhou ao dar liberdade para os pontas adversários: “Deixamos eles confortáveis demais em certos momentos. Sabíamos que buscariam Vitor Roque e Estêvão com bolas longas sempre que pressionássemos alto. Foi uma escolha estratégica”, explicou.

Botafogo reavalia planejamento

A derrota por 1 a 0 eliminou o clube carioca nas oitavas de final do torneio. Embora tenha elogiado o empenho coletivo, Paiva reconheceu a chateação pelo resultado. “Orgulhoso pela participação, mas frustrado por hoje”, declarou.

A campanha apresentou bons momentos, mas o desempenho na despedida revelou um time mais preocupado em não perder do que determinado a vencer. Vitinho, após o confronto, também pontuou: “Treinamos para ficar com a bola, mas não conseguimos impor nosso jogo”.

Perspectivas e próximos passos

Sem compromissos nos próximos dias, a delegação permanece nos Estados Unidos até terça-feira (01 de julho). O clube optou por um dia adicional de folga e arcará com R$ 140 mil junto à FIFA, já que a entidade cobre somente 48 horas após a eliminação.

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