Consistente, Botafogo exibe futebol de alto nível na Copa do Brasil

Consistente, Botafogo exibe futebol de alto nível na Copa do Brasil
Consistente, Botafogo exibe futebol de alto nível na Copa do Brasil -

O Botafogo precisava conciliar desempenho e resultado para referendar o início do trabalho do técnico Davide Ancelotti, sobretudo pelo anticlímax da última rodada do Campeonato Brasileiro. Este casamento ocorreu, enfim, nesta terça-feira (29), no Estádio Nilton Santos, na vitória sobre o Red Bull Bragantino por 2 a 0, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O Glorioso brindou o público com 30 minutos de altíssimo nível, tempo suficiente para construir um bom resultado para a volta, na próxima semana, em Bragança Paulista. Bom score e com margem para o elenco não baixar a guarda.

De novo, Botafogo?

As primeiras imagens do Botafogo no encontro desta terça-feira (29) eram as mesmas do segundo tempo de sábado (26), no empate contra o Corinthians por 1 a 1, também no Colosso do Subúrbio, pelo Brasileirão. Permissivo nos 15 primeiros minutos, o time concedia liberdade para o Bragantino chegar ao gol de John e não concatenava nenhuma trama de ataque interessante. A bola, aliás, batia em Cabral, escapava dos pés de Savarino e voltava para o Massa Bruta, um time, até então, mais organizado e de muita qualidade. Foram momentos de afobação e nervosismo diante de um bom adversário.

Ancelotti Way

O futebol, porém, é repleto de nuances. O Glorioso conseguiu se ajustar rápido, errar menos, controlar melhor a posse e articular as jogadas ofensivas. Na primeira delas, Vitinho subiu e rolou rasteiro para batida seca e certeira de Montoro. Quem diria que o camisa 2, enfim, acertaria um lance de ataque? A partir daí, o jogo era outro. O Botafogo assumiu o protagonismo de equipe grande e relegou o Bragantino ao posto de franco-atirador. Onipresente, Barboza desarmou na defesa e ainda apareceu no ataque para, de cabeça, fulminar Cleiton, após centro na medida de Cuiabano. Aula de contra-ataque, verticalidade, imposição, eficácia e superioridade numérica. O visitante não jogou mais até o descanso.

Davide Ancelotti já alertava para o fato de, no Brasil, o segundo tempo das partidas ser mais aberto. Ao pé da letra, o treinador italiano acertou a projeção. O Botafogo teve uma chance claríssima, quando Cabral saiu sozinho na cara de Cleiton e, ao invés de correr para o abraço, consagrou o keeper do escrete paulista. Do outro lado, John, que já havia brilhado na primeira etapa, salvou o Mais Tradicional de uma vitória amarga. Ou seja, o Alvinegro poderia ter saído da possibilidade de um 3 a 0 para um 2 a 1. Mas o Glorioso controlou a partida e não teve aquela queda física vertiginosa do embate contra o Timão, mesmo baixando um pouco o ímpeto de uma primeira etapa quase exemplar.

Um time com vários destaques

Pantaleão ganhou todas atrás. Suas atuações, sempre sóbrias, são assombrosas. Barboza teve a sua rebeldia premiada. Center-half, Freitas, ausente no fim de semana, melhorou a dinâmica na distribuição. Savarino, depois de pegar um banco de reservas, cresceu ao longo da partida e armou o time com mais desenvoltura. Newton manteve a regularidade, apesar de não aparecer tanto. Artur foi outro destaque e sempre participa dos gols. Os laterais voaram. Montoro é um fenômeno da natureza. Cabral poderia ter sido um pouquinho melhor. Mas a melhor atuação coletiva nos seis jogos da era Ancelotti.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads,  Twitter, Instagram e Facebook.