O Brasil conheceu seus adversários na fase de grupos da Copa do Mundo. Cabeça-de-chave do Grupo C, a Seleção Brasileira vai encarar Marrocos, Haiti e Escócia nos seus primeiros jogos na América do Norte. Depois da estreia contra os africanos, o segundo jogo será contra os caribenhos, no dia 19, com horário e local a serem confirmados pela Fifa.
O Haiti retorna à Copa após 52 anos. Sua última e única participação em mundiais aconteceu em 1974. Na competição, os Grenadiers pegaram um grupo complicado, com Itália, Polônia e Argentina, com derrotas por 3 a 1, 7 a 0 e 4 a 1, respectivamente.
Agora, os haitianos encaram um grupo complicado, mas tentando ter um futuro diferente. A seleção alcançou o feito sem poder atuar em seu país por conta da crise de segurança em seu território. Durante as Eliminatórias, o Haiti mandou seus jogos em Aruba, Barbados e Curaçao.
Sem participações em Copas, os Grenadiers disputaram competições continentais nos últimos anos. Ao todo, são dez participações haitianas na Copa Ouro, sendo a semifinal em 2019 o melhor resultado. Neste ano, o Haiti não conseguiu um bom desempenho e caiu na fase de grupos. Na Copa América, os caribenhos participaram da de edição 2016, com direito a confronto contra o Brasil. Goleada brasileira por 7 a 1, na única vitória de Dunga no torneio.
Campanha nas Eliminatórias
O Haiti começou bem a sua trajetória na qualificatória, com vitórias contra Santa Lúcia, Barbados e Aruba. Na última rodada da segunda fase um susto, uma goleada de 5 a 1 para Curaçao, que não atrapalhou a classificação haitiana para a fase decisiva.
Na terceira fase, caiu em um grupo com Nicarágua, Honduras e Costa Rica. Depois de um empate sem gols contra os hondurenhos, buscou o empate contra os Ticos, após estar perdendo por 3 a 0. Na segunda janela, conseguiu a primeira vitória contra o Pinoleros, fora de casa, por 3 a 0, mas perdeu, pelo mesmo resultado, para Honduras.
Na última janela, conseguiu o resultado mais importante de todos. Vitória por 1 a 0 contra a Costa Rica, com show do goleiro Johny Placide. Na última rodada, triunfo do Haiti contra a Nicarágua por 2 a 0 e, com o empate sem gols entre Honduras e os Ticos, a classificação estava assegurada.
Destaques do time
A seleção haitiana varia entre os jogadores que possuem experiência pela equipe e aqueles que estão chegando agora. Entre os veteranos, se destaca Duckens Nazon, do Esteghlal, do Irã, maior artilheiro da história da seleção, com 44 gols. O goleiro Placide, do Bastia, também chama a atenção, sendo o terceiro jogador com mais jogos, 90 no total. Quem também está na equipe é o zagueiro Ricardo Adé, que chamou a atenção pela LDU, na Libertadores.
Entretanto, jogadores naturalizados começaram a defender a seleção. Destaque para a dupla da Premier League, Hannes Delcroix, zagueiro do Burnley, e o meia Jean-Ricner Bellegarde, do Wolves. A expectativa é que outros atletas de juntem ao time até a Copa.
Visibilidade na Copa
O treinador Sébastien Migné celebrou o grupo haitiano na Copa. O francês, que não chegou a pisar no país no comando da seleção, acredita que os adversários darão uma grande visibilidade ao time. Migné também recordou que enfrentou a Seleção Brasileira no último Mundial, quando era auxiliar de Rigobert Song, em Camarões.
“Em termos de visibilidade para o Haiti, isso vai ser extraordinário. O Brasil, somado ao Marrocos — que foi semifinalista da última Copa do Mundo — e depois a Escócia, teremos três estilos de futebol diferentes para enfrentar. Não será fácil para nós, teremos que estar à altura. Tive a chance de jogar contra o Brasil na última Copa do Mundo com Camarões. Eu era auxiliar dos camaroneses em 2022. Tudo correu bem para nós e vencemos. Mas era diferente, a Seleção Brasileira já estavam classificados. De qualquer forma, será uma bela história”, destacou.
Haiti – Raio X
Participações em Copas (1): 1974
Melhor participação: Caiu na primeira fase
Técnico: Sebastian Maigé
Time-base: Placide; Arcus, Adé, Delcroix e Lacroix; Jean-Jacques, Pierre, Casemir e Bellegarde; Pierrot e Nazon.
O que esperar: Zebra. Pouca chance de passar da primeira fase
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